MESMO APÓS DERROTA, CABO VE EVOLUÇÃO E COLOCOU A ‘CULPA’ NA EXPULSÃO

Em mais um resultado negativo, o Vasco não jogou bem na derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro, no Mineirão, na quarta-feira. A leitura do técnico Marcelo Cabo é de que a expulsão de Bruno Gomes, ainda no primeiro tempo, foi fundamental para mudar o rumo de sua equipe no jogo.

O Vasco abriu o placar aos oito minutos com Morato, estava em cima do adversário, mas caiu de produção após voltar a ser vazado na bola aérea.

– A gente começou o jogo muito bem dentro da proposta que a gente elaborou por essa partida. A gente começou muito bem organizado, bem compactado e controlando o jogo. E num jogo em que a gente estava com a posse de bola e um volume muito bom. Fizemos o primeiro gol e continuamos muito bem organizados no jogo. E aí tomamos um gol de bola parada onde trabalhamos bastante, sinalizamos bastante essa raspada no primeiro pau. Logo depois tomamos o segundo gol mais uma vez perdendo a posse de bola, e eles fizeram o gol.

– Até a expulsão a gente continuou bem no jogo, criando boas oportunidades, mas depois da expulsão a gente precisou reorganizar a equipe dentro do primeiro tempo. No intervalo, fiz uma troca para trazer o Juninho para o jogo para elaborar um 4-3-2 com nove jogadores. Colocamos o Morato um pouco mais próximo do Cano e trazendo o Marquinhos para organizar mais o meio-campo junto com o Juninho, com Marquinhos na esquerda e o Juninho pela direita.

Cabo afirmou que Juninho custou a absorver qual função teria de fazer nos 45 minutos finais, mas, em sua visão, na parte final do jogo o volante se encontrou em campo. Por isso, acredita que o Vasco merecia melhor sorte diante das oportunidades criadas.

– Só que demorou um pouco para o Juninho entender o que eu tinha passado de elaboração tática para ele, e ele ficou na linha do Andrey. E perdemos esse espaço no meio-campo. Depois dos 20 minutos, ele conseguiu fazer o encaixe. Tivemos volume, criamos bastante oportunidades, foram 11 finalizações, mas infelizmente não conseguimos o empate e saímos com a derrota.

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O que corrigir?

– Até a expulsão, a gente estava bem organizado no jogo. Depois, demoramos. E aí o Cruzeiro abdicou da bola. Se analisar, a gente teve maior volume de jogo, e eles jogaram no contragolpe. A gente propôs, eles só no contragolpe. O que faltou foi transformar esse volume em gol. A gente só tem três dias para pensar no próximo jogo, não tem tempo para lamentar. Fico chateado pois a gente estava em um momento bom.

Distância para o G-4

– Claro que ficamos muito chateados com o resultado, tivemos volume para vencer, mas requer calma no momento. A Série B é competição de resistência. É vencer em casa e pontuar fora. Estamos apenas a três pontos do G-4, que é o nosso grande objetivo. Agora é elaborar todo um planejamento para que domingo a gente vença o Brusque e emplaque uma série de vitórias. Conforme o tempo foi passando, a gente foi botando a equipe mais para frente. Agora é ter mais tranquilidade.

Papo com Bruno Gomes para evitar cartões

– A gente vai analisar com tranquilidade o contexto da expulsão. Ele retomou a titularidade e vivia um bom momento. Ele entendeu muito bem a função, é uma pena perdê-lo. Enquanto ele estava no jogo, o time tinha o jogo apoiado. Eu trabalhei muito para explorarmos o lado esquerdo do Cruzeiro. O Juninho, por exemplo, demorou a entender. É claro que temos de conversar, entender o contexto das outras expulsões. Eu não vi direito o lance, não entendi. Vamos orientá-lo para tentar minimizar isso.

Gol sofrido na bola parada

– O Cruzeiro tem duas batidas. Uma centralizada e essa no primeiro pau. Como faço marcação mista, tentamos encaixar nos três principais cabeceadores deles. O Bruno e o Riquelme estavam ali na primeira trave, mas o Sobis conseguiu raspar. Infelizmente, sofremos gol de bola parada após 11 rodadas sem sofrer assim.

Falta de sequência de vitórias

– Essa falta de sequência de vitórias incomoda, a gente trabalha por uma sequência que vai nos levar ao G-4. A Série B é uma competição muito longa, é preciso ter tranquilidade, mas a gente vai trazer esperança e convicção ao torcedor. O Vasco oscila, mas não tem sequência de resultados negativos. A gente tem busca incessante por uma sequência de vitórias. Trabalhar bastante como trabalhou nos últimos jogos. A gente começa a competição oscilando um pouco, mas está entendendo as vertentes para ter uma diretriz de vitórias.

Falta de pegada?

– Quando o Lucão tem só uma defesa em todo o jogo, o meu time teve intensidade na marcação. Eu não acredito que houve falta quando o time sai com números melhores do que o adversário. Achei que o meu time foi intenso assim como foi contra o CRB.

Saída de Juninho, que entrou no intervalo

– Foi uma situação na qual precisava colocar o Daniel. Optei por tirar um volante, tinha o Pec e o Marquinhos Gabriel jogando por dentro. Quis ter dois caras na área, o Daniel e o Cano. Foi circunstancial.

– Ele cumpriu bem os 40 minutos. Como disse antes, demorou uns 15 minutos para encaixar na função que dei a ele e nos deu volume no meio. Eu precisava fazer uma alteração mais ousada. Eu tinha que abrir mão de um meio-campo ou do Zeca. Criamos pelo menos três boas oportunidades de empatar o jogo. Eu precisava arriscar, mas a saída do Juninho foi única e exclusivamente pelo desenho tático que eu precisava com Daniel e Cano na frente.

Laterais

– Fiquei satisfeito com as atuações dos laterais, foram muito eficazes na marcação. Claro que Riquelme é jovem jogador, estava um pouco cansado. Eu precisava mais de um ala do que um lateral. Como João Pedro agride o último terço pelo ala, colocamos um jogador renovado em parte física. Riquelme mais uma vez fez boa atuação, tenho gostado muito do Zeca pelo lado direito, chegou com boa profundidade e bons cruzamentos, principalmente o Riquelme, que vem evoluindo.

Mais sobre a saída de Juninho

– Ele cumpriu bem os 40 minutos, demorou uns 15 minutos para encaixar na função que dei a ele e nos deu volume no meio. Eu precisava fazer uma alteração mais ousada. Eu tinha que abrir mão de um meio-campo ou do Zeca. Criamos pelo menos três boas oportunidades de empatar o jogo. Eu precisava arriscar, mas a saída do Juninho foi única e exclusivamente pelo desenho tático que eu precisava com Daniel e Cano na frente.

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