Nesta segunda-feira, o Vasco participou de uma reunião com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) e questionou as decisões da arbitragem no jogo contra o Flamengo, que venceu por 2 a 1.
Cinco tópicos enumerados pelo próprio clube foram discutidos no encontro: “cotovelada em Gabriel Pec”, “impedimento de Nenê”, “falta em Andrey na origem do segundo gol do Flamengo”, “possível pênalti no minuto final do Clássico dos Milhões” e “tempo de acréscimo”.
O Vasco foi representado pelo 1º vice-presidente geral, Carlos Roberto Osório, e pelo executivo de futebol, Carlos Brazil. A FERJ, por sua vez, contou com a presença do diretor de arbitragem, Luiz Mairovitch, que disse que o papel da entidade é “recepcionar o filiado e esclarecer com transparência o que for necessário”, visto que a “Federação é a casa dos clubes do Rio de Janeiro”. Ele foi acompanhado pelo presidente da comissão operacional, José Carlos Santiago, e o presidente da comissão de planejamento e desenvolvimento, Cláudio José
Segundo o time, a avaliação acerca da cotovelada de Andreas Pereira em Gabriel Pec no primeiro tempo, que foi revisada pelo VAR, é a mesma: “o cartão vermelho deveria ter sido aplicado por se tratar de uma agressão clara ao seu atleta”.
Já na etapa complementar, em relação ao impedimento de Nenê, o clube escreveu que a “arbitragem interrompeu a jogada antes dela ser concluída marcando impedimento duvidoso, com o atleta de Vasco em clara posição de ataque ao gol adversário”. Além disso, informou que “todos os presentes na reunião concordaram que o árbitro e o assistente falharam ao não aplicar o protocolo do VAR”.
“Outro ponto levantado pelo Vasco na discussão desse lance foi a falta de critério da arbitragem, que em jogada parecida no primeiro tempo, pró-ataque do Flamengo, aplicou o protocolo do VAR e deixou o lance seguir. Houve, portanto, uma discrepância grave na postura do mesmo bandeirinha”, completou.
Acerca do segundo gol do Flamengo, que garantiu o triunfo, o Cruz-Maltino pontuou que, “na visão de todos os presentes na reunião, houve um erro do árbitro a não marcar falta em cima do atleta Andrey”. Porém, a “Comissão de Arbitragem afirmou que o VAR não poderia interferir no lance por não se tratar de uma jogada para cartão vermelho ou que impactou no gol diretamente no gol do Flamengo”.
Com relação ao possível pênalti, o Vasco escreveu que, em seu entendimento, no último minuto da partida, “houve um erro do VAR, que não paralisou a jogada para revisão do lance polêmico e deu instrução ao árbitro de campo para seguir com o jogo”.
“A decisão foi tomada em poucos segundos, algo que não é aconselhável em lances duvidosos, com câmeras que mostram imagens que levam a interpretações diferentes. Era um lance que exigia uma detalhada análise para tomada de decisão. A Comissão de Arbitragem, após ouvir o questionamento do Vasco, não se manifestou sobre a velocidade da decisão do VAR, mas entendeu correta a não marcação do pênalti”, comentou.
Por fim, o Vasco questionou os três minutos acrescentados, afirmando que, no segundo tempo, houve “10 substituições e duas comemorações de gol demoradas, situações essas que por si só já ultrapassam em muito o tempo de acréscimo dado pelo árbitro”.
O time concluiu o texto, citando uma “pressa injustificada do árbitro em encerrar a partida” e dizendo que “aguarda providências efetivas para que tais erros não voltem a ocorrer”.