Relembre a carreira do veterano chileno Gary Medel, que negocia com o Vasco Quarta-feira, 21/06/2023 – 09:33 Buscando reforços para a janela de transferências, que abre no próximo dia 3, o Vasco negocia com um velho conhecido do futebol sul-americano: o volante Gary Medel, bicampeão da Copa América com a seleção do Chile.
Aos 35 anos, o zagueiro deixou o Bologna, da Itália, e está livre no mercado. Se topar a oferta cruz-maltina, terá sua primeira experiência no futebol brasileiro — e a primeira na América do Sul desde 2011, quando deixou o Boca Juniors.
Parte da geração de ouro do Chile, o jogador é conhecido pelo estilo físico e intenso, num perfil de “cão de guarda” que o levou também a atuar como zagueiro ao longo da carreira. Medel chamou a atenção do futebol europeu após boas atuações com a camisa dos xeneizes, clube que lhe deu projeção continental após ser revelado na Universidad Católica.
Presente desde as categorias de base na seleção chilena, ganhou sua primeira convocação para a equipe principal em 2006, quando ainda jogava na Católica. De lá para cá, se tornou o jogador que mais vezes atuou com pela sua seleção na história: foram 156 jogos com a camisa de La Roja, com apenas 7 gols marcados, mas desempenhando um papel de líder importantíssimo. Nesta terça, foi capitão da equipe no empate em 0 a 0 contra a Bolívia.
O jogador teve carreira estável na Europa: foram 94 jogos pelo Sevilla, 35 pelo Cardiff City, 76 pelo Besiktas e 101 pelo Bologna, seu último clube. A camisa com a qual mais atuou foi a da Inter de Milão, com 109 jogos em três temporadas. Na primeira, foi um dos quatro jogadores que mais entrou em campo ao lado de Icardi, Juan Jesus e Kovacic.
Seus melhores momentos foram na seleção chilena, pela qual faturou os dois únicos títulos da carreira, ambos muito especiais: a Copa América em 2015 e 2016. No primeiro, marcou na fase de grupos (contra a Bolívia) e ajudou La Roja a ser campeã pela primeira vez em 99 anos, em edição disputada em casa e decidida com a Argentina de Messi nos pênaltis.
No ano seguinte, na edição Centenário, o mesmo roteiro: vitória do Chile nos pênaltis sobre a Argentina e Medel novamente importantíssimo, eleito para a seleção do campeonato. Gary também disputou as edições 2011, 2019 e 2021 do torneio, bem como as Copas do Mundo de 2010 e 2014 — em ambas, o Chile terminou eliminado nas oitavas para o Brasil.
O estilo de jogo que levou a ganhar o apelido de “pitbull” vem acompanhado das provocações dentro de campo. Em várias oportunidades, protagonizou disputas quentes com Neymar — chegou até a ser alvo do ex-treinador da seleção brasileira Tite em 2017, que reclamou de ver seu jogador xingado. Na disputa do terceiro lugar da Copa América de 2019, brigou com Messi em lance que terminou com ambos expulsos. Naquela ocasião, citou Salvador Dalí nas redes sociais para se defender das críticas.
“Que falem bem ou mal, o importante é que falem de mim. Mas prefiro que falem mal, porque isso significa que as coisas estão indo muito bem. Dos medíocres não se fala nada, e quando se fala, só dizem maravilhas”.
Medel e Messi se estranharam em 2019 |
No ano passado, Medel chegou a ter seu retorno à Universidad Católica cogitado. Na época, explicou ao jornal argentino Olé que só voltaria para ganhar títulos e ser competitivo, não apenas para se aposentar. Em março, falou sobre a animação de seguir jogando pelo Chile.
“Queria que as eliminatórias começassem agora, porque competir assim é muito lindo, se vive com muita emoção. Depois vamos ter partidas em setembro, outubro e novembro e esperaremos um ano. É muito tempo, quando estamos no clube desejamos vir para a seleção para competir e jogar com os companheiros. Gosto muito de jogar pela seleção”, declarou o jogador.
Fonte: O Globo