Criador do apelido Dinamite, Jornal dos Sports relembra capas e matérias históricas com o ídolo Quarta-feira, 10/01/2024 – 04:28 jornal.dos.sports
Hoje faz um anos do falecimento do eterno Roberto Dinamite, cujo apelido foi dado pelo Jornal dos Sports.
Relembre imagens históricas do ídolo com texto do craque Mauro Beting no dia do adeus.
– Tinha que ser num domingo. Dia de jogo. Manhã em São Januário. Tarde de Maracanã. Noite feliz por há 51 anos o vascaíno sonhar com um menino chamado Roberto apelidado Dinamite. Bandeira vascaína. Símbolo como a cruz do clube que carregou até a Catalunha em 1980. Bateu saudade. Quase voltou para a Gávea. Mas quis Eurico e queria o Vasco que voltasse ao berço do maior artilheiro do Brasileirão. Do clube de Ademir, Vavá, Romário. Goleadores do Brasil e do mundo.
O rei da grande área nos gols nacionais. Quem mais e melhor jogou e mais gols fez pelo Vasco e em São Januário. Dez. Como Pelé. O Pelé vascaíno.
Ele também fez seus golzões pela cruz de Avis da Portuguesa. Fez maior o Campo Grande. Mas se fez mesmo gigante onde tudo começou e terminou, em 1993. O Vasco da Gama. Da gema dessa bomba na grama e turbina na gana. Na garra de limpar beques, clarear a área, e emendar a patada na rede alheia. Na falta bem batida, no tiro seco da meia-lua, na bola rolada pro fundo da meta.
Roberto que ganhou o apelido em 1971, nas páginas rosadas do JORNAL DOS SPORTS. Que voltaram em 2022 para homenagear quem jamais saiu da primeira página. Quem honrou o Vasco em campo e trabalhou também fora sem o mesmo brilho e competência. Mas que não se pode negar o que sempre fez. O que sempre batalhou com talento e obstinação. E sempre foi Vasco até o último jogo que viu. Tinha que ser em Itu. Terra dos exageros. Explosivos como o Vasco e ele. Com sofrimento até o fim para o Vasco voltar. No lugar em que Dinamite sempre o deixou em campo. Onde sempre deixou tudo.
Foi o primeiro centroavante adversário que vi jogar contra o meu time em um estádio. Ainda bem que daquela vez não marcou. Mas pelos 20 anos seguintes era sempre um terror. No que fazia de gol e dava bola para os outros.
Ele nos deixa um vazio. Vácuo. Mas ele é Vasco. Vasto. Não tem tormenta e nem cabo que não vire boa esperança. O Vasco voltou. Como Dinamite em 1980. Para serem eternos.
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Fonte: Facebook Jornal dos Sports