Hoje presidente do Vasco, Pedrinho viu o título da Copa do Brasil de 2011 da arquibancada do Couto Pereira
Em 2011, Pedrinho estava na arquibancada do Couto Pereira vendo o título do Vasco
Em 2011, o Vasco conquistou o seu primeiro título da Copa do Brasil na final contra o Coritiba, no Couto Pereira. Pedrinho, que na época ainda era um jogador em atividade, estava como torcedor entre os mais de 3 mil vascaínos presentes nas arquibancadas na ocasião. 14 anos depois, ele agora é o presidente do clube que busca o bicampeonato neste domingo.
No dia 8 de junho de 2011, a reportagem da TV Globo encontrou Pedrinho no setor visitante do estádio do Coritiba (veja a partir de 01:18 do vídeo acima). Entre um pedido de foto e outro, sem a barba característica de hoje, ele disse poucas palavras: “Vamos torcer para que dê tudo certo”. E deu.
Atrás de um dos gols do Couto Pereira, Pedrinho viu os gols marcados por Alecsandro e Éder Luís garantirem o título, mesmo com a derrota por 3 a 2. O Vasco havia vencido em São Januário por 1 a 0, e o gol fora de casa ainda era critério de desempate na Copa do Brasil.
Na época, Pedrinho estava há um longo tempo sem atuar, mas ainda não havia anunciado sua aposentadoria dos gramados. Quatro meses depois, em outubro, ele acertou com o Olaria para jogar o Campeonato Carioca de 2012. Ele se despediu oficialmente em janeiro de 2013, com a camisa do Vasco, em um amistoso contra o Ajax, em São Januário.
Pedrinho se lançou na carreira de comentarista depois de pendurar as chuteiras e, em 2019, foi contratado pela TV Globo, onde ficou até 2023. Ele saiu para se lançar candidato a presidente do Vasco, clube do coração e do qual nunca escondeu ter um enorme carinho.
De torcedor a presidente
Candidato do grupo “Sempre Vasco”, Pedrinho venceu as eleições de novembro de 2023 com 3.372 votos. Ele tomou posse dois meses depois e disse que ver o clube na situação em que estava foi o combustível para que ele se candidatasse.
— As pessoas questionaram muito a minha saída da maior emissora do país, sendo quatro vezes eleito o melhor comentarista, para esse desafio de presidir o Vasco. Deixar claro que estou bem cercado para gerir o Vasco. Sempre cobrei que as pessoas fizessem algo diferente para ajudar o Vasco. Para mim, estava cômodo. Bom salario e falando sore o Vasco. Mostrei que as pessoas podem trabalhar em prol de um projeto esportivo. Posso garantir para vocês que o projeto, hoje, é um projeto pro Vasco. Não é um projeto pessoal — disse ele.
— Infelizmente, a instituição foi apequenada. Mas mesmo jogando futebol e sendo atleta, eu ouvi falar do tamanho disso tudo. Me incomoda muito ver a instituição sendo desrespeitada. Precisamos de avanço no desempenho desportivo, estrutura, divida, responsabilidade social — completou no seu discurso de posse.
Em maio de 2024, a gestão de Pedrinho conseguiu uma liminar na Justiça do Rio de Janeiro que suspendia os efeitos societários da 777 Partners e dava o controle do futebol de volta ao clube associativo do qual ele é presidente. É Pedrinho quem dá as cartas desde então.
Nesse período de cerca de um ano e sete meses, o Vasco de Pedrinho viveu uma montanha-russa: fez um Brasileirão de campanha mediana em 2024, caiu para o Atlético-MG nas semifinais da Copa do Brasil e emendou uma sequência de quatro vitórias este ano com outra de cinco derrotas consecutivas.
Sob o comando de Fernando Diniz, uma escolha pessoal de Pedrinho para o cargo de treinador, o Vasco conseguiu eliminar os rivais Botafogo e Fluminense nos pênaltis nas fases anteriores da Copa do Brasil e chega neste domingo precisando de uma vitória simples sobre o Corinthians, no Maracanã, para conquistar o bicampeonato.
Fonte: ge
