Paulo Bracks, sobre passagem pelo Vasco: ‘Eu achava que teria condições financeiras para fazer as contratações que queríamos, e não tive’

Paulo Bracks, sobre passagem pelo Vasco: ‘Eu achava que teria condições financeiras para fazer as contratações que queríamos, e não tive’ Sábado, 22/06/2024 – 13:18 O Santos está próximo de contratar o executivo de futebol Paulo Bracks como novo CEO (do inglês Chief Executive Officer, um diretor-executivo) do clube. O executivo terá uma reunião com o presidente Marcelo Teixeira para comandar o futebol do clube rumo à reestruturação na Série B.

Com mais de 15 anos de experiência no futebol, Bracks é advogado de formação e se especializou em gestão. Ele ficou conhecido pela passagem no América-MG, onde começou como gestor de base e depois ao profissional em 2019. Em sua gestão, o Coelho subiu para a primeira divisão e chegou na semifinal da Copa do Brasil.

Paulo Bracks, diretor esportivo do Vasco — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Após passagens por Internacional e Vasco, o profissional conversou de forma exclusiva com o ge sobre sua participação na Conferência Global da Associação dos Diretores Esportivos, em junho.

Bracks falou sobre o intercâmbio de experiências no congresso e o atual momento das SAFs no Brasil e no mundo.

ge: Você é o único brasileiro a participar da Conferência Global da Associação dos Diretores Esportivos. Como foi o convite e sua participação?

A ideia do convite veio porque o congresso teve um viés mais global, com temas que interessam o ecossistema do futebol na Europa e na América Latina. Um dos temas é a MLS (liga de futebol dos Estados Unidos), outro tema é a Liga da Bélgica, que tem quase todos os clubes dentro de uma estrutura clubes com donos), e um dos temas é o recrutamento de jogadores, que é o painel que eu participo. O termo “recrutamento” é um pouco militar, mas é como é chamado no exterior: a prospecção de jovens jogadores e o sistema de vendas.

ge: As cifras envolvendo jovens jogadores estão cada vez mais altas, e clubes estão batendo recorde de faturamento ano após ano. Como essa questão é vista por dirigentes?

Vivemos um momento em que questões financeiras estão pulsando como nunca. O futebol está cada vez mais profissional. Veja como exemplo: é a primeira vez que a UEFA tem que analisar a participação de dois clubes com os mesmos donos na Liga dos Campeões, caso do Manchester City e do Girona na próxima edição, de 2024/24. Essas questões estão presentes aqui no Brasil também, com todo o movimento de SAFs, e irão mudar nosso futebol ano após ano.

ge: Depois de todo o contato com diretores executivos e de futebol do mundo todo, a pergunta que fica é uma: como o Brasil está em termos de estrutura? Quais são as diferenças da organização dos clubes aqui no Brasil e lá fora?

Na Europa, a estrutura do futebol é muito mais complexa e há mais funções e papéis mais bem definidos que no Brasil. Aqui, por uma questão de maturidade, o diretor de futebol concentra diversos papéis, como o administrativo, jurídico e esportivo. Na Europa, há vários diretores. Veja o exemplo do Liverpool, que em uma semana só trocou toda a estrutura de futebol no contexto da saída do Jurgen Klopp e chegada do Arne Slot. Tudo isso é gestão. Não é que o Liverpool é muito maior que nossos clubes, é que o clube está mais bem estruturado, com mais pessoas organizando.

ge: Você acredita que essa estrutura mais enxuta dos clubes é por uma questão financeira ou de maturidade?

Maturidade. A função do diretor de futebol é muito nova no Brasil. Até o início dos anos 2000, você tinha a estrutura do diretor estatutário e o presidente, que tinham seus empregos e iam ao clube como um segundo emprego, normalmente saindo de seus escritórios de advocacia. Era uma estrutura em que duas ou três pessoas tomavam conta do futebol como um todo. Hoje, já temos uma estrutura em que uma pessoa toma conta do jurídico, uma da logística, outra do departamento de performance…e na Europa, há uma evolução dessa divisão, com diretores de diversas áreas respondendo a um diretor geral. Isso é essencial, porque você consegue melhores resultados.

ge: É curioso você citar essa divisão, porque isso se reflete também nas comissões técnicas. Quando o Jorge Jesus chega ao Flamengo, ele anuncia uma comissão com seis profissionais. Abel, no Palmeiras, com cinco profissionais, todos aparecendo na capa do livro feito sobre as temporadas vencedoras.

É um dos fatores. O ponto é que nunca estivemos tão abertos, tão propensos à muidança. Durante muitos anos, era só o treinador e o auxiliar. Depois o preparador físico vinha. E agora começou a ter uma comissão maior. Lembro do Luxemburgo no Atlético Mineiro, em 2010, que trouxe uma comissão técnica com seis pessoas, o que na época era um ponto fora da curva. Hoje é normal o treinador trazer sua comissão completa, e hoje felizmente vemos isso como natural. O Brasil está aberto. Dos 20 clubes da Série A, temos 10 com treinadores estrangeiros. Estamos abertos a trazer diretores esportivos de fora, a conhecer um pouco mais dessas tendências para cá, de aprender com eles.

Johhanes Spors, diretor da 777 Partners, com Paulo Bracks, no treino do Vasco — Foto: Leandro Amorim / Vasco

ge: Você teve experiências em clubes gigantescos como Internacional e Vasco, que vivem um momento de pressão pelo jejum de títulos. Como a falta de conquistas recentes afeta a gestão como um todo? Sabemos que há menos tempo, muito menos paciência…mas o que fazer nesse cenário?

É sempre um desafio trabalhar sem a conquista do título, porque a pressão é grande. Você precisa comunicar muito bem o objetivo do clube, entender os atores do clube, saber lidar com a torcida que cobra…a comunicação do clube precisa ser transparente, e claro que tem assuntos que não podem ser exteriorizados, mas penso que uma comunicação clara é o principal pilar para alinhar a expectativa e fazer torcedores comprarem a ideia. O que dificulta é estar longe do topo e não saber o norte do clube. Isso causa um alvoroço no torcedor. Mesmo sem título, é preciso de estabilidade.

ge: Por onde começar? Como lidar com essa pressão imensa por resultado em clubes que simplesmente não estão preparados para vencer?

O resultado de campo não acontece do dia para a noite. Especialmente para um clube que está sofrendo por anos. Tem que trabalhar meta a meta, objetivo por objetivo. Tendo em mente o objetivo do clube, tudo é facilitado. Nesse momento, algumas perguntas precisam ser feitas: como está o Centro de Treinamento desse clube? Como estão as dívidas desse clube? Como estão os contratos com jogadores desse clube? Diagnóstico de curto, médio e longo prazo. Aí sim, você começa a ter uma visão muito mais completa e consegue estabelecer alguns primeiros objetivos. Clubes instáveis precisam desse tipo de organização, e precisam manter a arrumação. Não é do dia para a noite, de seis meses, muitas vezes tudo leva anos. E a comunicação é muito importante, para torcedores e mídia, de forma que gere transparência na reestruturação. A camisa, por si só, já não faz mais resultado no Brasil. O que faz é a gestão.

ge: Tem algum exemplo de uma gestão extremamente bem feita que ainda não resultou em títulos?

Dou o exemplo do Arsenal. O dono do Arsenal é o mesmo dono do Colorado Rapids, o Stanley Kroenke. Ele assumiu o clube no contexto dos anos finais do Arsene Wenger, pegou a transição e tornou o clube um clube formador, com diversos jovens de base. O Arsenal está sempre próximo de conquistar a Premier League, com cada vez mais pontos a cada liga. Pega o número de pontos para o líder de 2020 para agora, em 2024. É um clube que está pronto, é um clube profissional, que investe em gestores e base. É um case de sucesso, mesmo sem título, porque o clube está pronto para vencer.

ge: Você é um dos poucos diretores a ter passado por clubes estruturados de maneira tradicional no Brasil e por uma SAF, que foi o caso de sua passagem no Vasco em 2023. Como você enxerga a experiência das SAFs no futebol nos últimos anos? Erros e acertos?

Estamos na terceira ou quarta tentativa de legislação sobre SAF no Brasil. Na Itália e na Espanha, a lei é da década de 1990. Na Inglaterra, temos clubes com donos desde a década de 1980. Veja que temos 30 anos de defasagem para outros centros, em termos jurídicos. Dos 20 clubes da Série A, temos 8 que são SAFs, sendo 4 dentro do modelo MCO, com grupos esportivos controlando o clube – o Bahia do Grupo City, o Botafogo, o Vasco até pouco tempo atrás com o 777, e toda a estrutura do Red Bull. Não há mais retorno para essa tendência. O que a SAF nos mostra é que o sucesso não tem a ver com ser ou não SAF, mas sim com gestão. Pega os últimos clubes campeões do Brasileirão e da Libertadores: não são SAF! São bem geridos. O que determina o sucesso não é ter ou não um CPNJ, mas sim uma gestão bem feita. Esse é um caminho sem volta, e nos faz focar cada vez mais na importância de uma gestão bem estruturada.

ge: Você entende que clubes bem geridos irão perdurar, mesmo aqueles que não possuem tradição ou “camisa forte” como outros?

A tendência hoje é que a influência do amador, que só ama o clube, diminua com o tempo. O que pode acontecer é que o amador compra o clube, e aí ele tem inferência direta! Mas são casos isolados. Há uma resistência no Brasil, porque temos muitos clubes grandes que sempre ganharam muitos títulos. Só que hoje, o que ganha título é gestão, e não mais camisa ou um jogador fora de série. É só olhar Palmeiras e Flamengo: é o conjunto, é a gestão, e vem de anos, não foi do dia para a noite O gestor, quando entra no clube, recebe uma mala extremamente pesada, que o gestor precisa carregar. Nessa mala tem erros de gestões passadas, a pressão da torcida…não dá pra controlar essa variável e tudo tem o imediatismo do torcedor, da imprensa. Só que as coisas não se resolvem do dia para a noite. Precisamos de tempo para estruturar e tornar um clube pronto para ganhar.

ge: Em maio do ano passado, você deu uma coletiva de imprensa muito diferente da tradicional, na qual abriu o planejamento do Vasco e admitiu publicamente um erro no planejamento, referente a uma posição. Foi um momento de transparência que é pouco visto no futebol, meio de muito ego envolvido. Como foi aquele momento para você? O que passou na sua cabeça?

Eu queria ter falado antes! Quando consegui a autorização para dar a coletiva, porque tínhamos uma hierarquia, me preparei para não ter limite de tempo, nem de perguntas, de forma a ser o mais transparente possível. Passamos por três meses terríveis, em que não ganhávamos, as coisas não davam certo. Aquele momento que o Vasco vivia precisava de uma cara, de alguém que falava. Não era o estilo das pessoas que comandavam o clube, no caso a 777, uma escolha deles, que eu não concordo. Decidi arriscar e mostrar o planejamento feito para o semestre, o planejamento feito para o segundo semestre e expor as questões ao torcedor. Conseguimos trazer jogadores de nível internacional como o Gary Medel, jogadores prontos para performar como o Vegetti e o Maicon, e eu achava que teria condições financeiras para fazer as contratações que queríamos, e não tive. Tive dificuldades financeiras, fizemos vendas, e assumi erros e acertos para o torcedor entender o que estava sendo feito. Isso gera empatia e conexão com o torcedor.

Fonte: Blog Painel Tático – ge

Reunião nas próximas horas deve definir a volta de Ramón Díaz ao Vasco

Reunião nas próximas horas deve definir a volta de Ramón Díaz ao Vasco Sábado, 22/06/2024 – 13:33 NewsColina @newscolina
🚨 Ramón e Emiliano Díaz terão uma reunião com o Vasco nas próximas horas.

A negociação para o retorno está avançando.

📰 | @GerGarciaGrova
📸 | Leandro Amorim

Fonte: X NewsColina

Germán García Grova @GerGarciaGrova
🚨#VascoDaGama AVANZA en el retorno de Ramón Ángel Díaz.

👉🏾El DT y su hijo Emiliano se encuentran en 🇧🇷 donde habrá una reunión en las próximas horas.

😶Hace 55 días fue despedido del cargo

Fonte: X do jornalista Germán García Grova/TyC Sports

Arquiteto Sérgio Dias dá detalhes sobre o projeto da reforma de São Januário

Arquiteto Sérgio Dias dá detalhes sobre o projeto da reforma de São Januário Sábado, 22/06/2024 – 13:56 Enquanto o presidente Pedrinho e outros dirigentes do Vasco vibravam e se abraçavam para comemorar a aprovação do projeto de lei que vai viabilizar a reforma de São Januário, o arquiteto Sérgio Moreira Dias chorava copiosamente na tribuna na Câmara de Vereadores do Rio, na última terça. E então retomou o fôlego e secou o rosto para se juntar aos companheiros no tradicional grito de “Casaca” puxado pelo vereador Alexandre Isquierdo, que foi acompanhado por cerca de 30 torcedores que assistiam à sessão.

Sérgio é o responsável pelo projeto que, além de modernizar o estádio, vai aproximar o local ainda mais das comunidades da Barreira, Tuiuti e Arará, que ficam no seu entorno. Para isso, buscou inspiração na queda do Muro de Berlim.

Pedrinho, do Vasco, comemora aprovação de PL do potencial construtivo de São Januário

Sergio tentou elaborar o motivo da emoção. Ele cresceu ouvindo histórias de seu avô, Albertino Moreira Dias, um dos precursores do futebol do Vasco, sobre como o clube desafiou os coirmãos da Zona Sul para contar com negros, pobres e operários em campo. Ainda nem sonhava em ser arquiteto, mas se encantava com os relatos da união de torcedores para comprar o terreno e construir São Januário, de forma colaborativa, fazendo uma espécie de “vaquinha”.

Ele viu a chance de colocar seu nome na história do time de coração quando, no fim dos anos 1990, uma parceria entre o clube e um banco dos Estados Unidos ensaiou uma reforma do estádio, e ele assumiu o projeto. Por divergências políticas, a ideia não saiu do papel, o que o deixou frustrado. Até que, em 2020, o então presidente Alexandre Campello retomou a iniciativa de modernizar São Januário e o convidou para a empreitada, que continuou com o presidente seguinte, Jorge Salgado, e depois com a 777. Agora, Pedrinho está à frente.

– O desfecho que você viu na terça foi de três anos de tramitação de lei. Três anos se passando, a gente ficando velho e aquele dia aconteceu. Diante de um placar de 44 votos, uma torcida gritando, cantando o hino. Aí, o filme passou. Até agora, eu não me controlo – afirmou Dias, em entrevista ao ge.

Presidente do Vasco, Pedrinho, e o arquiteto Sergio Moreira Dias — Foto: Divulgação: Câmara do Rio

Sua equipe conta com os arquitetos Ana Carolina Dias, Clarissa Pereira, Felipe Nicolau e William Freixo.

Uma das particularidades do projeto será a integração com a Barreira do Vasco, favela que fica no entorno do estádio. Muros da atual estrutura, que ficam diante da entrada da comunidade, serão derrubados e será aberta uma praça pública que dará acesso a São Januário. A decisão foi uma forma de, mais uma vez, quebrar preconceitos e reforçar os laços com os vizinhos.

No ano passado, um parecer do Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos, escrito pelo juiz de plantão Marcelo Rubioli, dizia que “todo o complexo é cercado pela comunidade da Barreira do Vasco, de onde houve comumente estampidos de disparos de armas de fogo oriundos do tráfico de drogas lá instalado, o que gera clima de insegurança para chegar e sair do estádio”. A declaração incomodou o arquiteto, que citou uma inspiração retirada da Guerra Fria.

Projeto de reforma de São Januário, estádio do Vasco — Foto: Projeto: Sergio Moreira Dias, Felipe Nicolau, Willian Freixo, Clarissa Pereira e Ana Carolina Dias

– Isso foi agressão total. Qualquer estádio no Brasil é cercado de comunidades e convivemos muito bem com elas. Não só o Vasco, o carioca e o brasileiro. Querer impedir a proximidade é um absurdo. O Vasco começou, e a comunidade veio depois. Você não escuta episódio de assalto de quem vai no jogo. A convivência sempre foi pacífica e interativa. Os caras da comunidade vendem o churrasquinho, o sanduíche, tem o flanelinha, estacionamento, em função do estádio é um gerador de fluxo, receita e empregos em paralelo.

– A inspiração (para criar a esplanada) foi o Muro de Berlim, que dividia duas cidades. Em função do acordo de guerra (…). Milhares de pessoas demoliram a barreira e integraram de novo a cidade. Esse simbolismo é muito forte. A gente está demolindo os muros que separam o estádio, a propriedade, da comunidade. Para dizer: “Seu juiz, estamos tão integrados que não tem mais barreira” – completou.

Veja outros trechos da entrevista:

Aumento da capacidade de público

– Esses desenhos e conceitos foram se alterando. Primeiro, tinha que ser maior que 40 mil, porque tinha uma regra da Conmebol que se pretendia atingir. Passou um pouco, ficou em 43 mil. Veio outra gestão, que quis aumentar e passou para 47 mil. Agora a gente tem uma nova gestão, com as demandas do Pedrinho, com algumas considerações que a gente está fazendo, eu não posso te contar spoiler. Provavelmente nova configuração maior, a gente ainda tem que apresentar isso para a nova diretoria. Essa semana, na segunda-feira, vai ser apresentadas as alternativas para bater o martelo.

Projeto do Vasco para a reforma de São Januário — Foto: Projeto: Sergio Moreira Dias, Felipe Nicolau, Willian Freixo, Clarissa Pereira e Ana Carolina Dias

Caldeirão

– No século passado, tinha pista de atletismo no entorno, o Maracanã fez assim. Não tinha conceito de torcida que está dentro do jogo, influenciando e que quer influir mais que a qualidade dos jogadores. A gente fez questão da aproximação. A arquibancada norte, hoje, fica a 40 metros do campo. Serão 10 metros. A nossa torcida, a nossa Força Jovem gritando atrás do gol. A gente fez isso em volta do estádio todo. Criamos a sul como a norte. E na leste, a torcida fica em pé. Isso tem outro simbolismo, o Vasco é popular, quer a torcida pagando ingresso popular. A gente fez uma relação de capacidade de torcida em pé que não tem no Brasil e no Mundo.

Vai haver um trabalho para ampliar o grito da torcida através da reverberação do concreto, marquises, nada de eletrônico. Ela vai estar mais próxima, e a gente quer que fique mais potente.

Sergio Moreira Dias, arquiteto — Foto: Reprodução: Câmara do Rio

Próximos passos para a construção do estádio

– O próximo passo é entrar com o projeto de aprovação, obter as licenças, a turma que vai conseguir as receitas, e a construção. Seria um sonho inaugurar no centenário. É o novo sonho. Se eu estiver lá vou ter que chorar de novo.

Quem licencia qualquer projeto é a Prefeitura. Começa uma gincana de apresentações e aprovações. O primeira passo é interno para a nova diretoria dizer: “esse é o projeto”. Depois, a gente elabora o projeto legal e dá entrada no Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, depois nos orgãos de urbanismo, de trânsito e meio ambiente. É uma série de licenças que geram o alvará final. São processos que exigem muita atenção. Tem que ir para os Bombeiros também. Acho que a gente leva uns 3 meses para levar esse projeto. A meta é ter licença no final do ano, para começar a obra e aí mais 2 anos e meio a 3 anos para construir.

Pedrinho fala sobre a aprovação do PL sobre potencial construtivo de São Januário

Esplanada aberta para a Barreira do Vasco

– A gente teve outro episódio feio, discriminatório, quando um juiz impediu os jogos do Vasco por estar dentro da comunidade. Isso foi agressão total. Qualquer estádio no Brasil é cercado de comunidades e convivemos muito bem com elas. Não só o Vasco, o carioca e o brasileiro. Querer impedir a proximidade é um absurdo. O Vasco começou e a comunidade veio depois. Você não escuta episódio de assalto de quem vai no jogo. É muito interativo. Vende o churrasquinho, a batida, tem o flanelinha, o estádio é um gerador de empregos em paralelo. A inspiração (para criar a esplanada) foi o Muro de Berlim, que dividia duas cidades. Quebraram a barreira e esse simbolismo é muito forte. A gente está demolindo os muros que separam a propriedade. “Seu juiz, estamos tão integrados que não tem mais barreira”. Cria-se uma conexão .

Aquele setor também tem a função técnica de dispersão do público. Tem espaço para concentração e dispersão para não ter confusão. Juntamos a função técnica com o social. A garotada pode jogar bola nessa praça quando não tiver jogo no estádio.

Projeto do Vasco para a reforma de São Januário — Foto: Projeto: Sergio Moreira Dias, Felipe Nicolau, Willian Freixo, Clarissa Pereira e Ana Carolina Dias

Estamos falando de 20% da área total. Claro que o estádio, piscina são do clube, tem limitações de segurança por questão patrimonial. São duas coisas em convivência, mas separadas. Ainda da esplanada, perto da torre norte, vai ter uma parede de granito, com o texto da resposta histórica gravado, para que todas as gerações possam ver.

Manutenção da fachada histórica

– A manutenção da fachada era coisa que a gente não abria mão, que era a coisa mais importante da nossa história. Chegaram muitas versões que, mesmo mantendo a fachada, construia coisas por cima, prédios espelhados. Mas a gente manteve integralmente a fachada.

Melhoria da estrutura para os sócios

– O clube hoje não tem quase função social. A piscina é para atletas, a quadra de tênis atende um público pequeno. O campo é utilizado para a base. Queremos um novo espaço para o sócio, para que possa frequentar. Da mesma forma de quando eu era garoto. A gente quer o associado de volta, para ser o quintal da casa dos vascaínos. Vai ter piscina de recreação, playground.

Projeto do Vasco para a reforma de São Januário — Foto: Projeto: Sergio Moreira Dias, Felipe Nicolau, Willian Freixo, Clarissa Pereira e Ana Carolina Dias

Criação de seu primeiro projeto de reforma de São Januário

– Ganhamos um concurso para reformar a orla carioca. Fiz toda orla marítima do Rio. Eram 33km. A gente ampliou os calçadões, construímos a ciclovia, impedimos de botar os estacionamentos na beira do mar. Você olha para as praias e tem o meu dedo. Tive um sucesso profissional nos anos 90. E comecei trabalhar , e comecei a trabalhar em uma empresa do Pelé. Na época, o Vasco fez uma parceria com o Bank of América, era uma pré-SAF, que resolveu investir no esporte brasileiro e fez um contrato com o Vasco para criar um novo São Januário. Fizeram um concurso para reformar São Januário, e nós ganhamos, ali 1999,2000. Fizemos o primeiro projeto de expansão, envolvia cerca de U$350mi. Tudo bancado pelo Banco. Aí o nosso Vasco brigou daqui e dali e rompeu com o banco, e perdeu a grande oportunidade.

O novo projeto

Em 2000, não foi adiante. Depois veio o convite do Campello para fazer o estádio na gestão dele. Não tinha dinheiro. Mas eu entrei. Sou como um dos 10 mil que botaram o tijolinho, ia dar o que tinha. Entrei voluntariosamente, com um time de outros voluntários. Chegamos na primeira versão. Não tinha recurso. Então entrou o Salgado, e ele levou para o prefeito Eduardo Paes. Eu fui secretário de Urbanismo da gestão do Eduardo Paes. Ele disse: “Sergio, inventa uma lei legal, com princípios e fundamento que possa gerar benefícios para construir o estádio”. Ele me passou uma responsabilidade enorme. Fiquei 6 meses estudando legislação, busquei o estatuto da cidade – o plano diretor — e a lei federal de uso de solo. O plano diretor estabelece o fundamento da transferência de potencial construtivo. Tem tudo a ver, o Vasco é um bem tombado, patrimônio de interesse social e histórico da cidade. Levamos a proposta ao prefeito e ele abraçou.

Acessibilidade

Para entrar na história do clube

– O desfecho que você viu na terça foi de três anos de tramitação de lei. Três anos se passando, a gente ficando velho e aquele dia aconteceu. Diante de um placar de 44 votos, uma torcida gritando, cantando o hino. Aí o filme passou. Até, agora eu não me controlo. Da mesma maneira que o estádio de 1927 foi um elo de pessoas anônimas, sei lá, de repente, a gente muda de novo a história do clube, com um estádio maior, moderno, para obrigar essa torcida que não consegue caber na nossa casa.

Fonte: ge

Sub-14: Vasco elimina o Urubu e vai à final da Taça Guanabara

Sub-14: Vasco elimina o Urubu e vai à final da Taça Guanabara Sábado, 22/06/2024 – 14:01 Vasco Base @vascobase
NA FINAL!

O Vasco eliminou o Flamengo na semifinal do Campeonato Metropolitano Sub-14 com o placar agregado de 3 a 2 e está na final da competição!

Parabéns, Crias 💢

📸 Betinho Júnior

#BaseForte #VascodaGama

Fonte: X oficial Vasco Base

Vasco fará sua 7ª troca de técnico em 2 anos

Vasco fará sua 7ª troca de técnico em 2 anos Sábado, 22/06/2024 – 14:19 Sem técnico, após demitir o português Álvaro Pacheco, o Vasco tem acordo próximo para o retorno de Ramón Díaz. A possível volta do argentino fará com que o Cruz-Maltino chegue a marca de sete treinadores em dois anos. Entre os quatro grandes do Rio, o Gigante da Colina é quem mais fez alterações em seu comando no período.

Antes de Álvaro e o próprio Ramón, o Vasco, desde 2022, teve Jorginho, Maurício Barbieri, Maurício Souza e Zé Ricardo como técnico.

Atualmente, o Cruz-Maltino vive péssimo momento. Em 17º no Brasileirão, são três derrotas nos últimos quatro jogos, incluindo uma goleada de 6 a 1 sofrida para o Flamengo.

Nesta semana, o atacante Rossi foi cobrado e intimidado na entrada de seu condomínio, na Barra da Tijuca. Além disso, membros de uma torcida organizada do Vasco protestaram na noite da última sexta, em frente ao hotel onde o time se concentra para a partida com o São Paulo, neste sábado (22), às 21h30 (de Brasília). Eles, inclusive, criaram uma campanha para o duelo em São Januário ter “público zero”.

Após ser demitido há quase dois meses, Ramón Díaz está próximo de retornar ao Vasco – Foto: Fabio Moreira Pinto / AGIF/Estadão Conteúdo

Fonte: O Dia

Futsal: Vasco tem 3 desfalques para o jogo contra o CRB; veja os relacionados

Futsal: Vasco tem 3 desfalques para o jogo contra o CRB; veja os relacionados Sábado, 22/06/2024 – 14:35 futsalvasco

Atletas relacionados para a partida de daqui a pouco, contra o CRB, pelo Brasileiro de futsal. 16h a bola rola! 💢

Transmissão:
🖥️ Tv Fechada: NSports
💻 Youtube: Flow Sport Club e CBFS TV

#FutsalVasco #VascoDaGama

Fonte: Instagram Futsal Vasco

O goleiro Paulinho, que vinha sendo titular, está for por lesão.

Tuca segue fora por lesão.

Danrley, nosso pivô titular, está suspenso por 3 cartões amarelos e não joga hoje. David será o titular.

Fonte: Divulgação

Vasco tem o pior aproveitamento na temporada entre todos os clubes da Série A

Vasco tem o pior aproveitamento na temporada entre todos os clubes da Série A Sábado, 22/06/2024 – 14:43

Vasco vive crise no Campeonato Brasileiro (Foto: Icon Sport)

O Vasco vive o seu pior momento na temporada. Sem vencer há quatro jogos, o que culminou com a demissão do recém-contratado técnico Álvaro Pacheco, o Cruz-Maltino tem, agora, o pior aproveitamento entre os clubes da Série A na temporada.

A derrota para o Juventude, na última quarta-feira (19), pelo Campeonato Brasileiro, jogou o Cruz-Maltino na lanterna do ranking com o desempenho de todos os clubes em 2024.

Mesmo com uma temporada ruim, o Vasco vinha conseguindo escapar da lanterna deste ranking com o aproveitamento dos clubes da Série A em 2024.

No entanto, o Cruz-Maltino foi ultrapassado pelo próprio Juventude, que o venceu na última quarta-feira, e agora é clube com o prior aproveitamento na temporada. O Cruz-Maltino somou apenas 44,4% dos pontos disputados em 2024. Já o clube gaúcho agora tem um aproveitamento de 46,9%.

Corinthians e Fluminense, que, assim como o Vasco, também estão na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, completam o Z-4 deste ranking com o aproveitamento dos clubes da Série A em 2024. Para comparação, o rival Flamengo é líder, com um aproveitamento de 74,7%.

Desempenho do Vasco no ano

O Vasco disputou 27 jogos na temporada e tem apenas nove vitórias. O Cruz-Maltino é, ao lado do Juventude, o clube que menos venceu jogos em 2024.

Coincidentemente, o Cruz-Maltino também tem nove empates e nove derrotas. Além disso, também chama a atenção o baixo número de gols feitos na temporada. Foram apenas 37 gols marcados no ano, o que deixa o clube com o segundo pior ataque em 2024.

Estatística Número Ranking no Brasil Aproveitamento 44,40% Último Vitórias 9 Último (empatado com Juventude) Gols pró 37 19º Média de gols pró 1,37 17º Gols sofridos 40 19º Média de gols sofridos 1,48 Último Saldo de gols -3 Último

O Vasco começou a temporada com um desempenho ruim no Campeonato Carioca e acabou eliminado para o Nova Iguaçu na semifinal da competição.

Já na Copa do Brasil, o clube está nas oitavas de final, mas sofreu para passar pelo Água Santa, na segunda fase, e pelo Fortaleza, na terceira fase.

No Campeonato Brasileiro, o Cruz-Maltino é o 17º colocado, com sete pontos conquistados em 10 partidas. O Vasco entrou na zona de rebaixamento após a derrota para o Juventude, na última rodada.

Vasco está sem técnico e sem diretor de futebol

Neste momento de crise, o Vasco se encontra sem técnico, após a saída de Álvaro Pacheco. Na última quinta-feira (20), o clube também anunciou a saída do diretor de futebol Pedro Martins, que ainda fará a transição para o novo profissional que vai assumir o clube.

Além disso, a SAF, que comanda o futebol do Vasco, também está sem CEO desde a saída de Lúcio Barbosa, que entregou em cargo há duas semanas.

Atualmente, quem controla o futebol do clube é Pedrinho, presidente da Associação, que virou sócia majoritária da empresa após uma liminar judicial afastar a 777 Partners da SAF.

Fonte: Trivela

Presidente da Astovas garante que torcedores não serão impedidos de entrar em São Januário

Presidente da Astovas garante que torcedores não serão impedidos de entrar em São Januário Sábado, 22/06/2024 – 14:52 Mídia Vascaína @midiavascaina
💢| Sobre o protesto de público zero.

Aqui está o pronunciamento de Marcelo Rocha, presidente da ASTOVAS (Associação das Torcidas Organizadas do Vasco) sobre o protesto de “PÚBLICO ZERO” que será feito em São Januário nesta noite.

As torcidas organizadas não entrarão no estádio e convidaram os demais torcedores a fazerem o mesmo.

Por outro lado, Marcelo fez questão de frisar que ninguém será proibido de entrar no estádio ou intimidado a não entrar. Todos os torcedores tem a liberdade de escolher a sua maneira de agir sempre pacificamente.

Fonte: X Mídia Vascaína