A história de Alex Ferguson

Certas pessoas parecem ser predestinadas. Pelé, por exemplo, nasceu para ser o melhor jogador de futebol de todos os tempos, Michael Jordan para ser o maior do basquete e Ayrton Senna para tornar-se um marco no automobilismo. Alex Ferguson, certamente, veio ao mundo para ser o maior vencedor como técnico de futebol.

Alex Ferguson

31 de dezembro de 1941 foi uma passagem de ano extremamente feliz para a família Ferguson; neste dia, nasceu Alexander Chapman Ferguson, em Glasgow, Escócia. Como jogador de futebol, Ferguson não foi nenhum fora de série. Jogou como atacante por diversos clubes da Escócia, entre eles, Dunfermline Athletic Football Club e o The Rangers Football Club. Pelo Dunfermline foi artilheiro do campeonato escocês na temporada de 1965/66. Mas tudo começou no Queen’s Park, ainda muito jovem, em 1957. Nesta época, jogando por uma equipe amadora, trabalhou nos estaleiros de River Clyde como um aprendiz de ferramenteiro, tornando-se depois comissário de bordo na loja do sindicato. Chegou a estabelecer marcas expressivas como atacante, chegando a marcar 45 gols em 51 jogos na temporada 1965/66.

Em 1969, o Rangers não renova com Fergie, e o motivo: discriminação. O futuro técnico recordista de títulos casara com uma católica, o que não era aceito pelo clube, mesmo sendo ele protestante. Em outubro de 1970, o Nottingham Forest demonstra interesse por seu futebol, contudo, sua esposa não concordou com a mudança para a Inglaterra e, deste modo, acabou assinando com o Falkirk, clube no qual teve a sua primeira experiência como treinador, já que acabou se tornando um jogador-treinador. Ferguson encerrou sua carreira como jogador profissional em 1974, jogando pelo Ayr United.

Como técnico, sua trajetória começa no East Stirlingshire, depois foram quatro anos (1974/1978) comandando a equipe do St. Mirren, e, finalmente, o Aberdeen, clube no qual passou a aplicar sua filosofia de jogo de modo mais contundente, pois mais experiente. Foram diversos títulos importantes à frente do Aberdeen, conquistados na base de muito rigor tático, ponto inegociável pelo treinador austero e, muitas vezes, rude, sendo apelidado de Furious Fergie. Entre 1978 e 1986, tempo em que ficou no comando da equipe, Fergie abocanhou três campeonatos escoceses, quatro Copas da Escócia, uma Copa da Liga Escocesa, uma Recopa Europeia na temporada 1982/83, e uma Supercopa da UEFA, em 1983, vencendo na final o gigante Real Madrid pelo placar de 2 a 1.

Ferguson já tinha escrito seu nome entre os grandes. Partir para equipes maiores era mera questão de tempo. Em 6 de novembro de 1986, Fergie é anunciado como o novo treinador do Manchester United, bem no estilo bonus de Betano. Seriam 27 anos no comando do clube inglês. Nascia, assim, a lenda Alex Ferguson.

Fergie conquistou treze vezes a Premier League, cinco Copas da Inglaterra, quatro Copas da Liga Inglesa, dez Supercopas da Inglaterra, duas vezes a Liga dos Campeões da UEFA, uma Recopa Europeia, uma Supercopa da UEFA, uma Copa Intercontinental e uma Copa do Mundo de Clubes da FIFA. No comando do United, foram 1287 jogos, impressionantes 795 vitórias, 268 empates e 224 derrotas, aproveitamento de quase 70%. 

As conquistas de Ferguson sempre demandaram muito trabalho, principalmente pautado pelos aspectos tático, técnico e emocional. Já na sua chegada ao United, em 1986, fez uma avaliação da vida particular de seus comandados concluindo que alguns jogadores se excedem em noitadas de muita bebida. Três jogadores foram identificados como os mais problemáticos, Norman Whiteside, Paul McGrath e Bryan Robson. Recuperados e reintegrados à equipe, foram importantes na obtenção de um 11° lugar no campeonato. Atente-se que o Manchester United  estava cotado para cair.

Nem tudo foi glória como comandante do Manchester United. A temporada 1989/90 começou muito bem, uma expressiva vitória sobre o Arsenal por 4 a 1. Mas a coisa ficaria muito estranha. Em setembro, jogando como visitante, o United sofreu uma derrota humilhante de 5 a 1 contra o seu mais terrível rival, o Manchester City. A sequência foi vexatória: seis derrotas e dois empates em oito jogos disputados. A cabeça de Fergie era pedida com veemência pelos torcedores. Em dezembro de 1989, Ferguson descreve esta fase como “o período mais negro que nunca havia sofrido”. 

No dia 8 de maio de 2013, o Manchester United anunciou que Sir Alex iria se aposentar e não seria mais treinador da equipe ao fim daquela temporada. Além de disciplinador, Alex Ferguson compreendia a natureza humana e, embora austero, vivia preocupado com o dia a dia dos seus comandados. Percebi quando uma queda de rendimento estava relacionada a algum fato extracampo, e saía correndo para procurar ajuda. Outra característica marcante de Fergie era sua capacidade em identificar e trabalhar um novo talento. Em suma, um treinador completo, um recordista provavelmente inalcançável, cinquenta títulos, cinquenta!

Ex-técnico da base do Vasco, Marcus Alexandre leva o Maricá à Copa do Brasil 2022 e fala sobre sua passagem pela Colina | NETVASCO

Ex-técnico da base do Vasco, Marcus Alexandre leva o Maricá à Copa do Brasil 2022 e fala sobre sua passagem pela Colina Sábado, 13/11/2021 – 10:55 Do início na carreira como treinador nas categorias de base do Vasco até o atual momento no comando do Maricá Futebol Clube, Marcus Alexandre Cravo se notabilizou por ser um profissional que entrega resultados efetivos. Conviver com a rotina de um cargo que está sempre cercado de pressão e atingir as metas planejadas é para poucos. Aos 48 anos, Marcus Alexandre escreveu mais um capítulo marcante em sua história e na do Maricá. No comando da equipe profissional desde 2019, o técnico alcançou o vice-campeonato da Copa Rio nesta temporada e garantiu, de maneira inédita, uma vaga na Copa do Brasil de 2022 para o clube, que é novo e foi fundado em 2017. Pelo Maricá são três temporadas e uma trajetória que caminha para cem jogos. Acumula também outras conquistas importantes como dois acessos no Campeonato Carioca: da Série B2 para a Série B1; e na sequência da Série B1 para a Série A2. “A vaga na competição nacional já é um troféu muito grande. Conseguimos colocar o Maricá no ranking da CBF, algo gratificante para um clube muito novo. Tem clubes centenários que nunca conseguiram e o Maricá em quatro anos alcançou isso. É um trabalho consistente, planejado, não é à toa. Tudo foi muito sólido, sem absurdos”, explica Marcus, que ressalta também a importância da Copa do Brasil para os cofres maricaenses. “O dinheiro é importante para melhorar o nível de estrutura do clube. Vamos qualificar nosso departamento médico, área de fisiologia, pontos que vão fazer a diferença no processo de recuperação física. Vai ser importante também para investir em instalações, qualidade de gramado e tudo que é físico, talvez até no próprio Centro de Treinamentos. Vamos investir em estrutura”. Apesar de ser treinador da equipe principal do Maricá, Marcus Alexandre Cravo não deixa de olhar com carinho para a base. O clube está dando os primeiros passos no trabalho de formação, mas já colhe frutos. “Diminuímos elenco após a Série A2 do Campeonato Carioca e conseguimos trazer os jogadores da base para compor na Copa Rio. Tem jogador nascido em 2004 no nosso elenco. O trabalho não foi abandonado. Muitos vão se destacar e figurar no elenco profissional em breve”. No Vasco, títulos e grandes revelações no currículo Se o Maricá é o presente, o Vasco é parte permanente da história da sólida carreira de Marcus Alexandre Cravo. No Gigante da Colina, acumula 20 anos de experiência em todas as categorias de base, sendo o nome que mais comandou jovens talentos do clube. Marcus teve papel decisivo ao lapidar atletas renomados no futebol brasileiro e internacional, como Philippe Coutinho, Alex Teixeira, Souza, Douglas Luiz, Alan Kardec e Luan. A lista tem muitos outros nomes que chegaram ao profissional e seguiram trajetórias de respeito. Títulos também aconteceram com frequência pelo Vasco, tanto em âmbito estadual como nacional. Marcus Alexandre deixou o clube em 2018, mas não esconde que nutre um carinho que não se apaga pelo Vasco. Retornar é uma meta muito bem estabelecida. “O Vasco é um sonho profissional de estar dirigindo a equipe profissional em alguns anos. Estou me preparando e sei que as coisas estão acontecendo no momento certo. Daqui a uns quatro anos estarei dirigindo esse time profissional. Passei por todas as etapas na base do Vasco e hoje saí para dirigir outras equipes e seguir me capacitando”, projeta o técnico, que segue acompanhando o clube com atenção e observando seus pupilos. “O cenário no Vasco me preocupa porque tivemos o trabalho de captar, trabalhar e formar atletas de qualidade, mas que acabam sendo jogados sem a maturação necessária em meio a esse tipo de pressão. Temos aí o Gabriel PEC, Juninho, Vinicius, Riquelme… jovens de qualidade grande que se estivessem em outro momento do clube estariam brilhando e sendo destaque”, concluiu. Fonte: O São Gonçalo