Novo post criado em 23 de Jun de 2022 as 19:47:06

A polêmica entre Vasco e o Consórcio Maracanã ganhou mais uma capítulo nesta semana. Os cruzmaltinos informaram que seu pedido para a realização do jogo contra o Sport no estádio pela Série B foi negado.

De acordo com a diretoria do Vasco, o Consórcio alegou que não teria tempo hábil para manutenção do gramado. Isso porque no dia anterior, Fluminense e Corinthians vão se enfrentar no Maracanã.

O Vasco pediu uma reconsideração da decisão. Segundo os cruzmaltinos, em diversas oportunidades, Flamengo e Fluminense já atuaram em dias consecutivos.

A relação entre as partes ficou estremecida antes do duelo entre Vasco e Cruzeiro. Na ocasião, o Consórcio aumentou o aluguel do Maracanã de R$ 90mil para R$ 250 mil. Além disso, emitiu uma taxa de R$ 130 mil por custos operacionais e impediu os cruzmaltinos de terem porcentagem na receita dos bares.

Segue a nota oficial do Vasco:

O Club de Regatas Vasco da Gama informa que entrou esta tarde com um pedido de reconsideração ao Consórcio Maracanã, após negativa para realizar seu jogo diante do Sport Club do Recife, no próximo dia 3 de Julho, no Maracanã. O clube entende serem injustificadas as alegações do Consórcio para não permitir a presença do Vasco e sua torcida no maior estádio do Rio de Janeiro, em um jogo com alta demanda de público, marcado para um domingo às 16h, e espera que o Consórcio reveja a sua posição.

Em suas alegações, o Consórcio diz que já há um jogo marcado menos de 24 horas antes do jogo do Vasco entre Fluminense x Corinthians (02/07/2022 às 16:30h) e que “com intervalo de menos de 24 horas entre os jogos, inviabiliza o cumprimento do prazo mínimo recomendado para a manutenção da qualidade do gramado”.

Essa “regra” aparentemente só foi criada para justificar a negativa para a realização da partida do Vasco da Gama contra o Sport no Maracanã. Em breve levantamento feito pelo clube, constatou-se que o fato é recorrente no Maracanã, principalmente em jogos envolvendo o CR Flamengo ou o Fluminense FC, inclusive na atual temporada do Campeonato Brasileiro. Em um período de 11 a 17 de outubro do ano 2020 chegaram a acontecer quatro jogos em apenas sete dias. Essa justificativa não pode ser aceita como razoável. O cerceamento do direito do Vasco da Gama de atuar no Maracanã configura, mais uma vez, a falta de igualdade de condições para utilização do estádio pelos grandes clubes do Rio de Janeiro, o que fere diretamente o disposto no termo precário de permissão de uso firmado com o Governo do Estado.

Em outra justificativa infundada para recusar o jogo do Vasco, o Consórcio declara que “já havia um cronograma de jogos no estádio do Maracanã no mês de julho de 2022, que prevê a realização de, no mínimo 08 (oito) partidas de futebol no referido mês, podendo chegar a 10 (dez) partidas, dependendo do desempenho de CR Flamengo e Fluminense FC na Copa do Brasil”. A verdade é que, pelo atual calendário oficial da CBF e Conmebol, se CR Flamengo e Fluminense FC de fato avançarem na Copa do Brasil, o número máximo de jogos no mês de julho no Maracanã somente chegaria a 9 (nove) partidas. Dessa forma não haveria nenhum impedimento para a realização da partida CR Vasco da Gama x Sport Clube do Recife no dia 3/7/2002, que seria a 10ª partida prevista pelo Consórcio para o mês de julho.

Em sua resposta negativa o Consórcio também alega que o Vasco solicitou a disponibilidade do estádio muito próxima da data do jogo, o que não é verídico já que a consulta foi feita com 18 dias de antecedência, no dia 15 de Junho.

Levando em consideração a importância do jogo (segundo contra o quinto colocado da série B, em disputa direta pelo acesso a Série A), no sucesso de público que foi o jogo Vasco x Cruzeiro (inclusive com caravanas e excursões de torcedores vindas de todas as regiões do país), movimentando a economia, gerando receita e renda para empreendedores individuais e para o Estado, o Vasco da Gama repudia a tentativa de impedir que um maior número de seus torcedores possam acompanhar o clube com a utilização de um equipamento público que capacidade três vezes maior que o estádio de São Januário e fica no aguardo de nova manifestação do Consórcio Maracanã.

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