Natação Paralímpica: Lídia Cruz bate 2 recordes das Américas no Meeting Loterias Caixa em SP

Natação Paralímpica: Lídia Cruz bate 2 recordes das Américas no Meeting Loterias Caixa em SP Segunda-feira, 05/12/2022 – 05:21 O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) encerrou o Meeting Paralímpico Loterias Caixa 2022 na tarde deste sábado, 3, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Foram três dias de disputas, com provas de natação e halterofilismo realizadas entre quinta-feira, 1º, e sexta-feira, 2, e de atletismo, até sábado.

A edição paulista teve 989 atletas inscritos nas três modalidades. São Paulo foi a 16ª e última cidade brasileira a receber o Meeting neste ano. Ao todo, foram 3.479 inscrições e 11.623 km percorridos em todas as regiões do país.

No encerramento, o CT Paralímpico ainda sediou mais duas competições, como parte do calendário da temporada: o Desafio CPB de atletismo e o Super Meeting de natação. Durante esses eventos, dois recordes das Américas e um recorde mundial foram quebrados.

A nadadora carioca Lídia Cruz, 24, do Vasco da Gama, estabeleceu duas novas marcas continentais nos 100m e 200m livre da classe S4 (comprometimento físico-motor), no Super Meeting, evento que reuniu 62 nadadores neste sábado.

A atleta completou os 100m em 1min25s51, fez a quinta marca do mundo no ano na prova e superou a mexicana Nely Edith Herrera, que detinha o recorde continental com o tempo de 1min25s85, feito em 2017, nos EUA. Já nos 200m livre, a carioca encerrou a prova em 3min06s59 e bateu sua própria marca de 3min09s85, registrada no último mês de abril, também na capital paulista.

“Estou muito feliz por terminar o ano da melhor forma. Nos treinamentos, eu já tinha conseguido superar os recordes das Américas nessas duas provas, mas nada se compara a atingir os índices em competições”, disse a nadadora, que nasceu com espinha bífida, uma má-formação congênita na coluna e, devido a uma lesão encefálica, ficou tetraplégica.

Já Beth Gomes, 57, da ASPA-Santos/SP, no Desafio CPB de atletismo, bateu o seu próprio recorde mundial no arremesso de peso da classe F52 (cadeirantes) ao atingir a marca de 8,77m e superar a distância de 8,45m, registrada no último mês de maio, durante o Campeonato Brasileiro Loterias Caixa, em São Paulo.

“Enquanto eu estiver em condições para competir, estarei nos campos de atletismo. O esporte é a minha vida. É o ar que respiro. É o que me motiva diariamente e treino todos os dias para dar o meu melhor. O Desafio foi a minha última competição do ano e é sempre uma satisfação estar no CT Paralímpico, entre amigos”, disse Beth, que foi diagnosticada com esclerose múltipla em 1993.

Outro destaque do Desafio foi Paulo Henrique Andrade dos Reis, do Sesi/SP, que saltou 7,14m no salto em distância da classe T13 (atletas com deficiência visual) na última quinta-feira. A marca foi chancelada como recorde nacional e é a primeira acima dos 7 m feita por um atleta paralímpico brasileiro. A competição recebeu 269 inscrições e foi disputada de 1º a 3 de dezembro.

Tanto o Super Meeting de natação como o Desafio CPB de atletismo tiveram como objetivo possibilitar que os atletas licenciados e com classificação internacional obtivessem marcas para o ranking mundial de suas respectivas modalidades.

Halterofilismo
Nas disputas de halterofilismo válidas pelo Meeting Paralímpico Loterias Caixa, a halterofilista paulista Mariana D’Andréa superou o recorde paralímpico na categoria até 73 kg, na última quinta-feira. Ela levantou 141kg, marca maior à da francesa Souhad Ghazouani, que suportou 140kg nos Jogos do Rio 2016. O peso levantado por Mariana, no entanto, só seria considerado a melhor marca paralímpica se fosse suportado em alguma edição dos Jogos.

Essa foi a última competição da atleta antes da Copa do Mundo de halterofilismo paralímpico, que será disputada entre os dias 15 e 18 de dezembro, em Dubai. Além dela, mais 17 brasileiros foram convocados para o torneio. “Sempre busco evoluir a cada disputa e tenho conseguido. Em julho, levantei 140 kg. Agora, cheguei aos 141 kg. Isso me dá confiança para a Copa do Mundo. Tenho certeza que darei o meu melhor lá em Dubai. Espero fechar o ano com chave de ouro e estou preparada para isso”, disse a paulista, que representa a Aesa – Itu/SP.

São Paulo foi a 16ª e última capital brasileira a receber o evento em 2022. As outras cidades foram Campo Grande (MS), Amapá (AP), Fortaleza (CE), Natal (RN), João Pessoa (PB), Recife (PE), Aracaju (SE), Brasília (DF), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS).

O Meeting Paralímpico é idealizado e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2021, como uma atualização dos tradicionais Circuitos Loterias Caixa, que já eram realizados desde 2005 pelo Comitê. Há provas de atletismo, natação e halterofilismo. Cada cidade sedia, pelo menos, disputas de uma dessas modalidades.

Os objetivos do Meeting são desenvolver a prática esportiva para pessoas com deficiência em todas as regiões do país, contribuir para o aprimoramento técnico dos competidores e propiciar oportunidades de competição aos atletas de elite e jovens promessas do paradesporto em todo o Brasil.

Patrocínios
O Meeting Paralímpico Loterias Caixa tem o patrocínio das Loterias Caixa
O atletismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa e pela Braskem
A natação é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa
O halterofilismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Beth Gomes, Carol Santiago, Gabriel Bandeira, Lídia Cruz, Mariana D’Andrea, Samuel Oliveira e Talisson Glock são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Time São Paulo
As atletas Beth Gomes e Mariana D’Andrea são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo.

Lídia Cruz foi responsável pela quebra de dois recordes das Américas na piscina do CT Paralímpico, em São Paulo

Fonte: CPB

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