Todo torcedor sonha em ver seu time no topo do mundo. Porém, até mesmo os torcedores mais apaixonados sabem que há limites para o otimismo. No ano passado, o Vasco retornou à Série A do Brasileirão e começou a temporada com altas expectativas, devido ao apoio financeiro da 777 Partners. No entanto, o clube teve um ano dificílimo e a esperança do título deu lugar ao desespero de escapar de um novo rebaixamento.
Será que os objetivos do clube deveriam ser mais “realistas” em 2024?
Sonhando Alto
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Quem acompanhou de perto o desempenho do Vasco em 2023, talvez tivesse se divertido mais jogando canastra online. Em 53 jogos, a torcida pode celebrar apenas 20 vitórias, enquanto amargou 21 derrotas. Mesmo assim, o dirigente cruzmaltino, Alexandre Mattos espera que seus jogadores entreguem, no mínimo, uma temporada melhor do que a última.
Em uma entrevista recente, concedida na sede CBF, o dirigente afirmou que quer ver o time disputando títulos novamente e retomando o protagonismo das competições que disputar. Segundo Mattos, voltar a ganhar títulos é essencial para que o Vasco encontre o caminho da “autossustentabilidade”.
Já o comentarista Lédio Carmona, da SportTV, sugere objetivos bem mais humildes. Na Copa do Brasil, a meta deve ser ultrapassar a oitavas de final, enquanto no Brasileirão, terminar entre os 10 primeiros já seria um conquista notável. Embora o clube tenha um bom histórico em estréias (venceu seis vezes em 10 estréias), o Gigante da Colina começou o ano com um empate sem gols contra seu arqui-rival, o Flamengo.
De Olho No Futuro
As metas “humildes” propostas por Lédio Carmona, ganham ainda mais peso quando consideramos as novas contratações do clube. Aqui, não se discute a qualidade dos novos jogadores, mas a ausência de um nome de peso entre eles. Quem apostou em um maior investimento da SAF do time em jogadores de ponta, depois das angústias do ano passado, perdeu.
Em vez disso, os investimentos foram para jovens promessas, demonstrando o que mais parece ser uma estratégia de longo prazo do que para brigar por títulos este ano. Segundo Alexandre Mattos, a SAF já está arcando com outras despesas do clube, como pagamentos de dívidas, além de focar nas categorias de base.
Metas Financeiras
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Apesar dos tropeços, o clube de São Januário tem dado passos sólidos em direção à autossustentabilidade. Em fevereiro, a arrecadação com as vendas do Vasco ultrapassou as expectativas. A meta é não precisar mais do aporte financeiro da 777 Partners a partir de 2026.
A partir de então, a SAF deverá ser plenamente autossuficiente, e as metas do time em competições dentro e fora do Brasil, serão definidas em contrato. Na ausência de títulos, o Vasco deve ao menos ter um dos cinco maiores orçamentos, dentre todos os clubes do país. Dentro da SAF, o clima geral parece ser de confiança quanto as metas propostas.
Com a última venda de jogadores, este objetivo fundamental ficou bem mais próximo. Outra boa notícia é que o lucro das vendas poderá ser utilizado para a compra de mais jogadores. Dessa forma, conseguiu aumentar sua margem de manobra para novas contratações, sem precisar de um novo aporte.
Otimismo Realista
Depois da imensa frustração com a temporada 2023, o Vasco entra em 2024 com metas menos empolgantes, porém mais atingíveis. A renovação do contrato do atual técnico, Ramón Diaz, corrobora com a estrégia do clube de “investir no longo prazo”, evitando a alta rotatividade de técnicos como punição por resultados ruins.
O trabalho de Ramón Diaz foi, sem dúvida, notável. Quando assumiu a equipe, o Gigante ocupava a humilhante vice-lanterna do Brasileirão; terminaram a competição em 7º lugar. O clube acertou mais uma vez, quando decidiu manter os nomes-chave na jornada de recuperação. Ainda que o time não levante nenhuma taça, a expectativa geral é de um ano mais equilibrado e “calmo”.
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