Carlos Alberto Parreira admite que era torcedor do Vasco na infância Terça-feira, 28/05/2024 – 02:18 27 de maio de 1984. No gramado do Maracanã, Romualdo Arppi Filho apita o fim de um empate sem gols entre Fluminense e Vasco, que garante ao Tricolor o título do Campeonato Brasileiro. Nas arquibancadas e entre os jogadores, o clima é de festa.
Mas há um personagem central da conquista que corre para o vestiário, longe dos olhares curiosos, para chorar em paz. Ele respira fundo, desaba um pouco mais e enfim se permite sentir um pouco de alívio. Seu nome é Carlos Alberto Parreira.
— Até hoje eu me arrependo. Eu deveria ter ido para o campo comemorar. Mas a pressão era tão grande, antes, durante o jogo, “tem que ganhar”. Aquilo foi um desabafo. Aquela ida para o vestiário foi um desabafo, nada mais que isso. Me arrependo. Deveria ter ido para o campo comemorar com os jogadores — disse o ex-técnico, em entrevista ao ge.
Há 40 anos, o histórico técnico do Fluminense – que sempre sonhou em ser, na verdade, um preparador físico – viveu seu primeiro grande ato com o clube que aprendeu a amar, com a conquista da Copa Brasil.
— Quando criança, eu era vascaíno. Minha família é toda de origem portuguesa, mas o conceito de torcedor se consolidou com o Fluminense. Eu fui trabalhar no Fluminense em 1970, depois da Copa do Mundo. Aí ficou uma simpatia, uma coisa natural, né? Não virei tricolor, faz parte da engrenagem de você trabalhar no futebol profissional — completou Parreira.
— Não sei se é muita pretensão dizer (que faço parte da) história do Fluminense. Ajudei a conquistar títulos, tivemos passagens muito positivas nas vezes em que a gente esteve lá. O Fluminense ajudou a construir nossa carreira esportiva. Eu quase não tenho ido ao Maracanã, mas nas vezes que fui com meus netos, foram jogos do Fluminense. Mais de 20 anos, você acha que não vão nem lembrar da tua cara. Impressionante como torcedor ainda vinha me abraçar, dar parabéns. É altamente recompensador.
Fonte: ge
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