Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Rafael Paiva após Vasco 2 x 2 Red Bull Bragantino Sábado, 03/08/2024 – 22:01 Mais da coletiva de Rafael Paiva
Lamentação
– A gente controlou o jogo e não ganhamos. Contra o Atlético-GO, empatamos no fim com eles melhores. Isso mostra como o futebol brasileiro é competitivo. Me senti motivado. Não pressionado. Hoje demos uma resposta de como podemos jogar, ficar com a bola, machucar o adversário. Jogamos em alto nível. Esse é o sentimento que fica. Vamos respeitar o Atlético-GO, mas estamos concentrados para o jogo e para buscar a classificação.
Vaias a Léo Pelé
– Temos total confiança no Leo e em todos os nossos zagueiros. Aqui a pressão é grande. Toda a hora temos de demonstrar o motivo de estarmos aqui. Ele não tomou uma boa decisão no lance do gol, isso faz parte. Mas ele fez um bom jogo. Estamos juntos com todos os jogadores. A atitude do Vegetti de não pegar a faixa de capitão mostra isso. Se tivéssemos ganho o jogo, não estaríamos falando da falha do Leo. O grupo está unido.
Léo capitão de novo
– Léo é uma liderança dentro do grupo. Assim como há outros líderes. Poderia ter ido para o Maicon, poderia ter ido para o Souza, poderia ter entregue para o Vegetti, quando ele entra, para o Léo Jardim. São jogadores experientes que têm liderança nata e foi muito mais por hierarquia ao Léo.
Coutinho em evolução
– Coutinho é muito talentoso, demostra ser acima da média em todos os treinos. Estamos condicionando ele, que demonstra estar evoluindo fisicamente. Ele está ficando cada vez mais pronto. É ter paciência. Ele está motivado e feliz. Tenho certeza de que em alguns jogos vamos ver a melhor versão dele aqui.
Payet
– Acho que foi o jogo em que ele melhor se sentiu em campo. A gente tinha expectativa de 45 minutos, mas ele pediu para jogar mais. E realmente ele jogou muito bem hoje, o segundo tempo dele foi muito bom. A gente vê ele mais leve, mais participativo em todas as fases do jogo. Hoje ele ajudou a defender, várias vezes fez cobertura dos volantes que passaram a linha dele. E ele está feliz, consigo vê-lo feliz em campo, torcendo e vibrando no banco. Essa é a versão do Payet que a gente quer. Acho que a gente está no caminho. A vinda do Coutinho contribuiu muito para ele estar mais feliz também, ter um jogador desses com ele. Acho que estamos no caminho. Infelizmente a vitória não veio hoje. As coisas vão começar a melhorar, inclusive com ele entregando a parte física, vai entregar muito mais para a gente.
Receita para partida contra o Atlético-GO
– Precisamos ter equilíbrio. A gente precisa em alguns momentos ditar o ritmo do jogo, não podemos ficar sofrendo perto da área o tempo todo. A gente precisa construir mais, precisamos chegar com mais jogadores no último terço do campo, precisamos competir por todas as bolas. Ganhar disputas, duelos, a segunda bola. A posição da tabela não diz o que vai ser o jogo. A gente vê na Copa do Brasil que nenhuma equipe visitante saiu com a vitória. Mostra como é equilibrado. Vai ser uma final, uma batalha, uma guerra. A vantagem de jogar em casa é gigantesca. Tentar sofrer um pouco menos do que foi contra o Fortaleza, mas se acontecer e a gente classificar, faz parte do jogo. Importante é passar.
Estratégia de jogo
– A gente sabia que com os jogadores que iniciamos tínhamos chance de ter mais a bola, mas perderia um pouco de profundidade pela característica dos jogadores. E a gente sabia que tínhamos que atacar com os volantes, os meias, os laterais. A gente conseguiu ficar com a bola, mas não conseguimos furar a retranca do Red Bull. Ter o Vegetti na área era fundamental. O GB estava fazendo bom jogo, mas não estava conseguindo terminar as jogadas na área. E deu uma liga muito boa, conseguimos ter volume alto, fizemos ajustes, mas a equipe respondeu muito bem. Teve volume ofensivo grande, roubamos a bola no campo do adversário, ficamos com a defesa alta, mas infelizmente a vitória não veio hoje. Mas demonstra que a equipe tem recurso para jogar de várias formas, de várias estruturas, com vários jogadores diferentes para buscar sempre a vitória, com jogo ofensivo, agressivo.
Críticas
– A pressão da torcida é boa para manter a gente no melhor nível. É assim que vejo. A torcida tem o direito de cobrar, às vezes acho que exagera um pouco. Mas não dá para se acomodar aqui, a gente se adapta. Cobro isso internamente. Sei que temos elenco para brigar. Queremos estar mais longe do Z-4. Aí, estamos na zona da Sul-Americana, e a torcida quer a Libertadores. É assim.
Arbitragem
– No último jogo a gente cobrou do VAR lá no Atlético-GO, nosso auxiliar foi expulso do jogo. Às vezes é muito complicado da gente reclamar, a gente é punido. A gente fala, cobra, sim, mas sempre ficamos no limite de tomar algum tipo de punição que possa prejudicar o Vasco.
Jogadas pela direita
– Adson é um jogador que flutua muito. Gosta de ficar entre as linhas, busca a bola com o volante. Ele foge bem do adversário, falo que ele tem dribles de fuga. Quando ele faz isso para dentro, libera espaço para o Puma. Quando o Adson está bem, a equipe vai bem. É um termômetro. Espero que ele continue com essa regularidade. Cobro dele de estar mais perto do gol
Reforços
– A gente reflete muito sobre jogadores e sobre o mercado, a gente sabe que essa movimentação é importante. A gente busca o que o mercado tem de melhor. Negociação nunca é simples, é complexa sempre. Mas primeiro temos que potencializar o grupo que a gente tem. Acho que tem muita qualidade no Vasco. A gente conversa sempre, mas deixo essa parte de negociação para a diretoria. Lógico que a gente está sempre analisando, refletindo, vendo, mas a responsabilidade é do Marcelo, do Pedrinho. O que posso contribuir é desenvolver o que a gente já tem. E esperançoso para chegar jogadores. Vão agregar muito, mas também trabalhar com a base, que é importante. Não tirar espaços de promessas que a gente tem também. Mas a gente ainda tem tempo para ver o que vai acontecer.
– Eu acho que vai muito do nível de jogador que a gente quer. Jogador qualificado em qualquer posição será bem-vindo. Não só na zaga. O que a gente coloca na balança é o quanto a gente já tem um parecido ou já tem na base. Em todas as posições a gente nunca fecha (os olhos). Se vier para somar, qualificar o grupo, será muito bem-vindo.
Uso de jogadores da base
– O GB tem baita potencial, mas é mais 9 do que 10 e a gente estava jogando com três atacantes. Então o Vegetti quer jogar o tempo todo, todos minutos, todos acréscimos. Ele fica irritado quando sai, ele sente demais o jogo. A gente não tinha conseguido brecha para o GB estrear. Ele vai agregar muito ao grupo, mas não quisemos começar com muitos meninos. Com três, quatro atletas que têm idade sub-20, a gente não sabe como eles vão responder. Qualidade a gente sabe que eles têm, mas falta um pouco de experiência. Por isso optamos por mesclar. Estamos tendo cuidado com isso, para colocar sem sofrer demais. Ter análise ou avaliação que possa prejudicar o desenvolvimento deles. Mesclar experiência com juventude para mesclar os atletas da base, os mais experientes e sem perder qualidade de jogo. Com o tempo mostrando potencial e mostrando que pode ser titular, vão ganhar espaço.
Fonte: ge
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