Ex-amante conta que fez cerimônia ‘extraoficial’ de casamento com Payet com direito a vestido branco e grinalda

Ex-amante conta que fez cerimônia ‘extraoficial’ de casamento com Payet com direito a vestido branco e grinalda

Chamada de “esposa brasileira” por Dimitri Payet, Larissa Ferrari e o jogador do Vasco viveram um momento inusitado — já que o jogador é casado há 18 anos — em novembro do ano passado. O ex-casal fez uma cerimônia de casamento na casa do jogador no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. A advogada usou até mesmo um vestido branco e grinalda. Mas o “matrimônio” terminou em acusações e denúncias de agressão, ameaças e humilhações.

“Fizemos de forma extraoficial, meio que de brincadeira, mas para oficializar nosso relacionamento que estava no início. A ideia partiu dele. Nessa época um amigo dele estava aqui no Brasil, o Fox, então foi o primeiro momento que tive conhecendo uma pessoa tão próxima dele. Ele me chamava de ‘minha esposa do Brasil’. “, diz Larissa, que contou que ela mesma comprou o vestido e que ainda guarda ele.

A advogada diz que o casamento também fazia parte de uma fantasia sexual de Payet. Mas que a partir daquele 2 de novembro, o jogador decidiu levar o relacionamento a sério:

“Ele disse que gostava muito de mim para ser só uma brincadeira, que a partir dali eu seria a esposa brasileira dele. A partir desse dia ele começou a me chamar de esposa. No dia seguinte ele disse que nunca ia me abandonar, que sempre ficaríamos juntos”.

Inclusive, neste dia, a advogada recorda que foi a primeira vez que notou um ciúme mais incisivo por parte do francês: “Foi a primeira vez que percebi que ele sentiu ciúmes, ele ficou diferente comigo porque esse amigo estava na casa. Ali me acendeu o alerta, mas no dia seguinte ele me mandou uma mensagem falando que eu podia ficar tranquila, que ele gostava de mim, que não queria me abandonar e pensei que era um ciúme normal”.

O início do relacionamento

Nas primeiras mensagens trocadas com Dimitri Payet, em 2 de agosto de 2024, Larissa Ferrari e o jogador passaram horas flertando e contando suas preferências sexuais. Tanto o francês quando a advogada disseram, com muita liberdade, o que gostavam na hora do sexo. Sete meses depois, o ex-casal está envolvido em uma série de denúncias feitas por ela. Larissa procurou a polícia do Rio e do Paraná e disse ter sido vítima de agressão física, psicológica, e “submetida a situações degradantes e humilhantes”.

Entre desejos e fetiches, a moça contou, na primeira conversa que teve com Payet, que gostava de “tudo na cama”. De fato, Larissa não esconde que o relacionamento sexual dos dois foi marcado por submissão, tanto dela quanto dele.

“Eu era submissa, mas não era tão agressivo. E quando ele era submisso, porque ele também gostava de algumas coisas sexuais com ele, eu não era agressiva. Quando ele me batia ou algo assim, não ficava marcado, até que ele começou a ficar mais agressivo”, justifica.

Mas a partir de dezembro tudo mudou. Larissa conta que tudo foi consentido até o jogador descobrir que ela contou a uma amiga sobre o relacionamento deles. A partir disso, as submissões que ela considerava normais, passaram a ser chamadas de punições por Payet e era sempre quando ele considerava que ela havia feito algo de errado.

Em um dia, após uma longa bebedeira, Larissa recorda que eles brigaram numa crise de ciúme por parte do jogador. Chorando, ela se isolou no banheiro da casa onde sentou no chão, mas afirma que Payet a levantou, colocou de costas e transou com ela:

“Durante esses atos sexuais, ele fazia com muita força e me machucava, tanto na parte do ânus, quanto da vagina, e a minha boca também várias vezes machucava. Eu sempre ficava calada. Não falava para ele que eu não gostava porque sabia que se falasse, ia perdê-lo”.

Em entrevista exclusiva ao EXTRA, Larissa afirma que foi submetida a constantes humilhações e situações degradantes como forma de “punição”, toda vez que o francês sentia ciúme dela:

“Ele me pedia para beber minha própria urina, me sujar, lamber o chão, lamber o vaso. É difícil falar e ver esses vídeos. Cheguei a beber água do vaso, eu não consigo acreditar, quando falo disso, não gosto nem de olhar para a câmera porque não consigo nem acreditar que fiz”.

Larissa relata que realizou os pedidos de Payet porque, segundo ela, ele sabia que ela estava frágil emocionalmente. A advogada conta que é diagnosticada com transtorno de personalidade Borderline, e por isso, o atleta “aproveitava para ganhar vantagens sexuais”.

Na denúncia, a advogada apresentou provas dos hematomas pelo corpo e fez exame de corpo de delito no Paraná, onde também prestou queixa contra o atleta.

Nas imagens que o EXTRA teve acesso, ela mostra hematomas e manchas roxas nas pernas, bumbum e braços, que seriam das agressões físicas que ela afirma ter sofrido de Payet.

“Algumas marcas na parte de baixo do meu corpo, por exemplo, na panturrilha e tornozelo, eram porque ele pisava. Ele pisou no meu rosto, cabeça e pernas. Ele sentia prazer em fazer isso. No bumbum, era durante esses momentos sexuais. Eram sempre punições. Ele sempre usava esse termo ‘punição’. Ele me fazia acreditar que eu era culpada e merecia ser punida. E eu acreditava. Só fazendo terapia percebi que eu não merecia. Em um desses dias de agressões, ele me segurou pelo braço e pelo pulso, me empurrava, tentando me afastar, e se tornava cada vez mais agressivo”, detalhou ela ao EXTRA.

Segundo ela, as agressões vinham acompanhadas de xingamentos: “Ele me chamava de ‘vagabunda’, dizia que eu era ‘vagabunda igual a todas as brasileiras’, dizia que devia ter acreditado em tudo que falavam para ele na Europa. Ele dizia: ‘você está gostando disso? Porque você merece ser punida”,

No dia 30 de março, em União da Vitória, Paraná, Larissa compareceu à delegacia e relatou que passou a receber ameaças veladas do jogador. Segundo o boletim, após ela retornar à cidade, Payet começou a usar frases como: “Vou mandar alguém para te deixar segura” e “Vou mandar alguém ai para cuidar de você”.

De acordo com a denúncia, a advogada alegou que o relacionamento dos dois é conturbado e que o jogador sempre demostrou comportamento agressivo e controlador. Um inquérito foi instaurado para apurar as alegações.

No Rio, um boletim foi feito no dia 29 e março, no qual Larissa afirma ter sido vítima de agressão por parte de Payet, deixando marcas em seu corpo, entre os dias 28 de fevereiro a 9 de março. A mulher alega que sofreu violência física, moral, psicológica e sexual.

Em dezembro, num dos encontros com o jogador no Rio, Larissa conta que foi ameaçada por ele dentro do carro, enquanto seguiam para a casa dele, na Barra:

“Foi a primeira vez que vi ele muito agressivo e me ameaçou. Disse que, se fosse em outro momento, o meu fim poderia ser outro. Ele disse que eu tinha sorte de ter conhecido ele num momento bom da vida… Imagina se eu tivesse conhecido ele num momento ruim?”

Após o episódio, Larissa relembra que as agressões pioraram, a ponto de machucá-la, como nas imagens que anexou a sua denúncia.

A advogada diz que a atitude de expor tudo o que viveu no relacionamento é em busca de sua segurança: “Com a exposição, recebi muitos julgamentos, eu já sabia que ia acontecer. Mas entre ser julgada e a minha segurança, preferia a minha segurança. Não foi algo que pensei: ‘Vai ser lindo, vou ficar famosa’. Eu sabia que ser extremamente julgada, mas pensei: ‘É s minha segurança'”.

Larissa também entrou com pedido de medida protetiva de urgência contra o jogador. O EXTRA procurou o jogador e sua assessoria para comentar sobre os dois boletins de ocorrência contra ele, mas não teve retorno. O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá. A investigação está em andamento e segue sob sigilo.

Fonte: Extra