Cassino no Porto Maravilha: projeto encalhado?

No final da década passada se falou imenso de um projeto que prometia revolucionar toda a zona Centro do Rio de Janeiro: o grande cassino resort da empresa multinacional Las Vegas Sands. Seu proprietário e fundador, Sheldon Adelson, falecido em janeiro de 2021, manifestou interesse em abrir um cassino no Rio de Janeiro. Adelson, conhecido por sua experiência na indústria de cassinos, buscava investir na cidade para explorar o seu potencial turístico e econômico. Sua proposta visava criar um empreendimento de grande porte, capaz de atrair turistas do mundo inteiro e gerar empregos locais. Que fim levou essa ideia que poderia trazer imensas alterações não apenas no Porto Maravilha mas em todas as zonas próximas no Centro, em meio a nosso estádio de São Januário?

O potencial econômico do Rio e do Brasil no setor dos cassinos

Embora o projeto ainda não tenha se concretizado, as intenções de Adelson revelam o reconhecimento do potencial que o Brasil possui para o mercado de jogos de azar, além de evidenciar a demanda por investimentos desse tipo no país. E não se pode dizer que tenha sido o falecimento de Adelson o principal obstáculo a sua concretização. O principal problema é a continuada proibição dos jogos de cassino no Brasil.

Cassinos: a proibição continua

Atualmente, a proibição dos cassinos no Brasil permanece em vigor, e as perspectivas de liberação são moderadas, mesmo depois de todos os esforços de lobby político realizados ao longo dos últimos 10 anos. Os brasileiros têm como única opção legal jogar em cassinos online sediados em países estrangeiros. Essa lacuna na legislação permite o acesso a plataformas de caça-níqueis virtuais, como a novibet.com e outras semelhantes, mas não resolve a questão dos estabelecimentos físicos no país. A liberação dos cassinos no Brasil é um tema complexo e enfrenta resistência de diversos setores, o que dificulta uma mudança significativa na atual situação de proibição.

O ex-prefeito Marcelo Crivella expressou apoio ao projeto de Sheldon Adelson de abrir um cassino no Rio de Janeiro. Em declarações públicas, e confrontado com a aparente contradição de um político evangélico e defensor dos bons costumes estar defendendo a legalização de jogos de fortuna, Crivella ressaltou ser contra o vício mas também contra a miséria, buscando promover o desenvolvimento econômico da cidade. Em declarações públicas, ele defendeu a legalização dos jogos de azar como uma forma de impulsionar a economia local. Crivella chegou a solicitar ao ex-presidente Bolsonaro uma autorização excepcional para a legalização de um cassino da Las Vegas Sands no Porto Maravilha, visando atrair investimentos e gerar empregos. No entanto, a legalização excepcional não foi concedida durante seu mandato.

Porto Maravilha: o desenvolvimento continua

Em meio a essas polêmicas, mas seguindo indiferente, continua o projeto de recuperação urbana, imobiliária e residencial da zona do Porto Maravilha. No passado dia 9 de junho, o prefeito Eduardo Paes acompanhou o lançamento do sétimo empreendimento de habitação na zona só nos últimos dois anos, o que deverá representar um total de 16 mil novos residentes.

Caso os jogos de cassino venham a ser liberados, é provável que a Las Vegas Sands regresse com seu projeto para implantar um super cassino resort no Centro do Rio, como existe não só em Las Vegas mas também em Cingapura. Mas será que a Prefeitura ainda está interessada nesse projeto de criação de emprego, ou a prioridade manter-se-á para a construção de imóveis residenciais?

 

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