Fábio Nogueira se apresenta aos vascaínos e faz críticas à 777 Partners

Fábio Nogueira se apresenta aos vascaínos e faz críticas à 777 Partners Quarta-feira, 18/10/2023 – 06:25 O candidato Fábio Nogueira, da chapa “Nosso Vasco”, falou com exclusividade para o Vascaino.net. O empresário se apresentou aos torcedores e divulgou algumas propostas para o Gigante da Colina.

Nogueira foi vice-presidente de patrimônio do CRVG e conhece muito bem o clube. Participou da gestão do Jorge Salgado, mas faz questão de dizer que não faz parte da situação. O presidenciável faz diversas críticas para a 777 e explica que a relação precisa mudar entre as partes.

Outro ponto importante é que o candidato trata São Januário como prioridade na sua gestão. O empresário afirma que fará de tudo para reformar a colina histórica no próximo triênio.

Confira o bate-bola com o candidato do Vasco:

Fabio Torres: se apresente para os torcedores?

Fábio Nogueira: “Tenho 52 anos e me acho jovem e entusiasmado para realizar as coisas pelo Vasco. Tenho origem portuguesa, meu pai é português. Sou formado em economia e tenho pós graduação em ciências econômicas pela UERJ”.

“Trabalhei na área de marketing e franquias da Petrobras Distribuidora. Saí em 2020 da empresa e fui para o mercado financeiro. Virei sócio de empresa de investimentos”.

Fabio Torres: Como começou na política do Vasco?

Fábio Nogueira: “Em 2014, me aproximei do pessoal da PetroVasco, grupo que faço parte. O grupo foi crescendo e já começou a trajetória na política de forma sólida. Colocamos dois conselheiros em 2014, seis em 2017 e 20 em 2020”.

“Em relação a gestão de 2017, apesar de ter participado da gestão do Campello, votamos contra o golpe na Lagoa. Apoiamos a união. Não fomos a favor da votação para o Campello. A PetroVasco fez força para ter aquela união, mas foi contraria a eleição que elegeu o Campello”.

Fabio Torres: Por que você quer ser presidente do Vasco?

Fábio Nogueira: “O que me motiva é a retribuição. Retribuir ao Vasco. Momento é agora, acabei de sair do clube e me sinto hiper capacitado pelo momento de imersão que tive dentro do clube. A área de patrimônio não tem visibilidade, mas é a área que mais se relaciona com todos. Quase todas as ações de marketing passam pelo patrimônio. Na questão do futebol, a gente precisa dar estrutura para os atletas. Também tivemos interação com a base, no CT de Caxias. Fazíamos o tratamento do campo anexo, que era muito utilizado antes de ter o CT”.

“Eu interagia com todo mundo do clube. Conheci todo mundo. Passei a falar com o dono do restaurante, pessoal do ônibus, gerentes da base, setor do futebol. Eu estava em vários momentos e em locais diferentes. Foi uma escola ser VP e me sinto capacitado”.

Fabio Torres: Como foi a sua gestão de VP de patrimônio?

Fábio Nogueira: “Logo que assumimos, fizemos uma análise da situação do Calabouço. Era crítica. Piscina suspensa, risco de desabar. Precisou ser interditado. Estado deplorável. Conseguimos recurso e com muito esforço, reabríamos em dezembro de 2021. Reabriu com segurança, qualidade, melhoramos os banheiros, salão de festas. Tinha infiltração em todos os cantos e arrumamos”.

“Em são Januário, dá para listas algumas entregas que se destacam, como o sistema de irrigação. Foi transformancional. Antes, tinha um sistema que deixava o gramado ruim. A gente conseguiu recurso para fazer a intervenção no sistema de irrigação. Deu uma grande qualidade no gramado. O Fernando Diniz, Zé Ricardo, alguns atletas, treinadores de outros clubes elogiaram o sistema. Disseram que nunca viram o gramado tão bom”.

“Conseguimos recursos e também fizemos uma reforma no vestiário profissional. Antes, eram instalações antigas e tinham problemas. Melhoramos condições, seja no vestiário do profissional, no DESP (recuperação dos jogadores), fisioterapia. Fizemos uma melhoria no departamento de futebol como um todo”.

Fabio Torres: Você é a favor da SAF no Vasco?

Fábio Nogueira: “Sou a favor da SAF, mas sou contra como foi conduzida. Eu acho que o Vasco vivia uma penúria financeira que nos impedida de fazer as coisas. É inevitável. Os clubes estão adotando estes movimentos”.

Fabio Torres: Como será a sua comunicação com a 777?

Fábio Nogueira: “Temos que enxergar o Vasco como um só clube. Precisamos ser propositivos e ajudar no que for melhor para o clube. Temos que fazer uma gestão séria do contrato. Todo contrato tem uma cláusula de rescisão e precisamos entender o contrato. Precisa ser estudado e trabalhado. O desempenho esportivo tem que prevalecer e não ser canibalizado. Quero montar um relação madura e alinhar os interesses em comum do Vasco. A gestão do contrato precisa ser séria. Quanto mais entendimento do contrato melhor para a gente”.

Fabio Torres: Como você analisa a gestão da 777 até o momento?

Fábio Nogueira: “A SAF começou muito mal. Nenhum vascaíno pensa diferente. Tivemos um tempo de aprovação, tempo para contratações, montagem de elenco e estamos na zona de rebaixamento. Pior campanha da história no primeiro turno. Não é culpa do Salgado. É responsabilidade da SAF”.

“São Januário não teve nenhuma intervenção relevante. Outra coisa grave é anunciar o Luiz Mello para CEO da SAF. Ele participou de todas as negociações. Rasga qualquer regra da coumpliance. Não poderia ter aceitado o cargo. Tirando o fato de ser flamenguista. Nenhum clube do mundo, tem um torcedor do maior rival como CEO”.

Fabio Torres: Você pretende participar mais ativamente do futebol? Usar os 30% que o associativo tem direito?

Fábio Nogueira: “30% é minoritário, mas tem um nível importante de relevância. Temos que ter competência, atitude e conhecimento das coisas. Quando se fala do futebol, precisamos dar sugestões e cobrar. O associativo precisa ser ativo em questões como as condições do gramado, operações dos jogos, segurança para o clube. Tudo isso, faz a gestão do associativo ganhar relevância. Hoje, a SAF não tem um CEO. O Lúcio é interino. O Vasco é um gigante e não pode ser tratado como empresa familiar. Temos que ser propositivos no futebol. Temos que dar nossa contribuição para ajudar no resultado esportivo e financeiro da SAF, que vai acabar replicando para a gente”.

“Não estou lá dentro, mas os gringos precisam conhecer melhor o Vasco. Não conhecem a Barreira do Vasco. Mal conhecem o Brasil. Não conhecem as nuances do futebol brasileiro, CBF, rivalidade com Flamengo e Fluminense. Precisam de alguém que tenham influência no futebol para contribuir. O Osório é super articulado e pode ajudar demais na questão do Maracanã. Aliás, o Osorio é melhor articulador e interlocutor na questão do Maraca. Se eu for eleito, quero ter o Osório comigo. Não posso abrir mão de uma pessoa que tem as portas abertas em todos os cenários”.

Fabio Torres: Pretende fazer uma reforma em São Januário?

Fábio Nogueira: “São Januário vai ser a prioridade da nossa gestão. Precisamos executar o projeto de ampliação de São Januário. É essencial. Devemos ter a nossa Arena para receber 40/45 mil pessoas. Não dá para ficar sendo feudo de Flamengo e Fluminense no Maracanã. O Vasco pode mandar os jogos lá para 70 mil pessoas, faz parte dos nossos planos também, mas nossa fortaleza vai ser São Januário. Precisa ser contemplado”.

Fabio Torres: Você já participou desta gestão. Se considera um candidato da situação?

Fábio Nogueira: “Eu não posso me considerar um candidato da situação, já que não estou no clube desde o ano passado. Me considerado um candidato do Vasco. Tenho respeito por alguns membros que estão nesta gestão, como tenho o respeito e admiração de pessoas que fazem parte da oposição. Me considero candidato do Vasco. Vejo e identifico correções que aconteceram na gestão atual e proponho inúmeras melhorias e oportunidades que o Vasco pode conseguir no próximo triênio”.

Fabio Torres: Qual é o seu recado final?

Fábio Nogueira: “Tenho experiência no clube. Sei nome do porteiro, da pessoa que serve no restaurante, do segurança, do pessoal do marketing. É importante conhecer o clube. Tem valor ter passado ali. Eu não dependo do Vasco para nada. Trabalhei dois anos como VP e nunca deixei o Vasco de lado. Conciliei com a minha carreira. Continuo com o mesmo pensamento e proposta. Não quero nada do Vasco. Quero ocupar uma posição que é de valor para os vascaínos, que pensam como eu. Contribuir para o crescimento do Vasco. Contribuir para o crescimento do clube e valorizar cada vez que o Vasco tiver no campo. Penso em um Vasco grande. O Vasco é um estilo de vida. Tem que estar presente. Faz parte dos sonhos. Construção de Brasil-Portugal e toda a luta contra o racismo e outras causas”.

Fonte: Vascaino.net

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