José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa, se afasta da política do Palmeiras
Quarta-feira, 25/09/2024 – 15:16
José Roberto Lamacchia, o bilionário por trás da Crefisa no VASCO, pode estar se distanciando da política do Palmeiras. Conhecido por seu papel influente no clube paulista, Lamacchia também é amigo de Pedrinho, atual presidente do Vasco, o que levanta especulações sobre uma possível parceria entre a Crefisa e o clube carioca segundo NETVASCO.
Em uma matéria publicada em maio pelo ge, foi revelado que Lamacchia havia demonstrado interesse em adquirir uma porcentagem da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Vasco. No entanto, essa negociação não se concretizou, em parte devido a complicações legais envolvendo a 777 Partners, que contestou na Justiça uma decisão liminar relacionada ao Vasco associativo. Além disso, a busca de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, por novos patrocinadores para a camisa do clube em 2025 também pesou na decisão de Lamacchia.
Recentemente, Lamacchia expressou seu descontentamento e cansaço em relação à sua participação política no Palmeiras, indicando que pode deixar o Conselho Deliberativo do clube. Essa mudança ocorre em um momento em que Leila Pereira está em busca da reeleição e consolidando seu papel à frente do Palmeiras.
Esses eventos podem abrir portas para a Crefisa explorar novas parcerias, especialmente com o Vasco, que busca fortalecer sua posição no futebol brasileiro.
Vasco segue na tentativa de reduzir gastos e resolução sobre novo controlador da SAF pode ficar para 2025
Com quase um terço dos 90 dias de suspensão da ação judicial e da arbitragem na Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Vasco da Gama enfrenta pequenos avanços na venda das ações da 777 Partners, antiga parceira do clube na Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Até o momento, mesmo após conversas com potenciais interessados, não há propostas concretas na mesa da A-CAP, a seguradora que assumiu o “espólio” da empresa americana, conforme Notícias do Vasco.
Complexidade da negociação e cenário atual
A negociação da SAF é complexa, envolvendo a divisão de ações entre a A-CAP (31%), o Vasco (30%) e os 39% que estavam em discussão na arbitragem na FGV. A paralisação das negociações ocorreu após um pedido conjunto do clube e da seguradora. Internamente, dirigentes do Vasco já admitem que a resolução desse imbróglio deve ficar para 2025.
Inicialmente, o clube buscava a rescisão do contrato de investimento e do acordo de acionistas com a 777 Partners, enquanto os americanos desejavam retomar o controle e o contrato assinado em 2022. A diretoria liderada por Pedrinho alega diversos descumprimentos de contrato e irregularidades, incluindo atrasos e operações consideradas proibidas, como a triangulação financeira da 777 Partners, que retirou dinheiro do Vasco para uma empresa coligada do grupo, segundo jogos de amanhã ao vivo.
A A-CAP ainda não definiu um preço para a revenda da SAF, e o Vasco avalia outras alternativas. Mesmo a recompra de ações pelo clube é considerada, embora seja um desafio devido à sua longa crise financeira.
Situação financeira e busca por equilíbrio
Apesar das dificuldades financeiras, Pedrinho e seus pares desejam que o futebol continue sob o controle de uma SAF, independentemente da resolução do problema com a 777 Partners. Em recente declaração no Conselho Deliberativo, Pedrinho garantiu que as contas do clube estarão em dia até o final de 2024, mesmo diante do cenário de colapso financeiro que ele imaginou dentro do caixa da SAF.
No entanto, a situação ainda é complicada. O Vasco mantém acordos no Regime Centralizado de Execuções (RCE) para processos trabalhistas e cíveis, além de compromissos com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Nos últimos meses, o clube enfrentou atrasos no fluxo de caixa, especialmente sem o aporte de setembro da 777 Partners, que previa cerca de R$ 300 milhões no cronograma de investimentos.
Medidas adotadas para manter as finanças em dia
Para amenizar as dificuldades, o clube busca equilibrar as contas com antecipações de receitas. Recentemente, o Vasco SAF recebeu pouco mais de R$ 40 milhões da venda de Marlon Gomes e também garantiu verba pelo avanço na Copa do Brasil, totalizando R$ 22,85 milhões até as semifinais do torneio.
Outro mecanismo para manter a estabilidade financeira inclui a geração de novas receitas com patrocinadores, como o acordo com a Viva Sorte, válido até o fim de 2025, e as conversas em andamento com a Betfair, patrocinadora master até 2025. A venda de jogadores também é uma estratégia prevista pela diretoria, com possibilidades envolvendo atletas como Rayan e outros emprestados, como Orellano, Palacios e Clayton.
Perspectivas e planos para 2025
Apesar das estratégias para gerar novas receitas e reduzir custos, o início de 2025 ainda preocupa. A ameaça de um transfer ban da FIFA devido ao não pagamento de jogadores como Puma Rodríguez e Paulinho se soma à escassez de recursos do primeiro trimestre, já que a principal competição nesse período é o Campeonato Carioca.
A venda dos naming rights do novo São Januário é uma alternativa ainda em discussão. O clube mantém conversas com possíveis interessados, embora não seja um cenário garantido.
A atual gestão busca contornar as dificuldades financeiras, mas o desfecho da situação da SAF e a estabilidade do Vasco dependem de várias negociações e decisões estratégicas que deverão ser tomadas ao longo dos próximos meses.
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