MERCADO DA BOLA: TALLES MAGNO VIRA A SOLUÇÃO FINANCEIRA PARA O VASCO E VENDA DEVERÁ ACONTECER PARA O EXTERIOR

Com o quarto rebaixamento para a Segunda Divisão, o Vasco vai tentar acelerar a negociação de Talles Magno para o futebol do exterior. O clube da Colina precisa da transferência para amenizar a perda de receita com a queda.

Antes, o clube vislumbrava no garoto uma grande transferência, no nível de Douglas Luiz, em 2017, e Paulinho, em 2018, agora as ambições não são tão grandes. Fruto da temporada abaixo do esperado da promessa de 18 anos.

O desejo de saída é recíproco, depois de o jogador ser muito cobrado pela torcida nas redes sociais. Contra o Botafogo, em janeiro, ele fez gol e fez sinal de que não estava ouvindo as críticas. Após começar 2020 gerando altas expectativas, o jovem não conseguiu corresponder e chegou a ser reserva com Ricardo Sá Pinto e Vanderlei Luxemburgo.

A ideia do Vasco é acertar uma transferência antes mesmo da reabertura da janela europeia, no meio do ano, e aposta na expectativa de desenvolvimento que o garoto ainda gera, diante do que ele conseguiu mostrar no segundo semestre de 2019.

Inicialmente, o clube não cogita nem a venda para um clube do Brasil, diferentemente do que fez com Marrony, negociado com o Atlético-MG por R$ 18 milhões.

Um empréstimo para que ele possa respirar novos ares e reencontrar o bom futebol longe de São Januário também não é cogitado, num primeiro momento. A ideia é transferência definitiva para o futebol do exterior, pela necessidade de obter recursos de imediato e motivado pela desvalorização do real frente ao euro e ao dólar.

Falta de visibilidade no exterior

A tarefa de fazer bom negócio não será das mais fáceis. O Vasco terá de driblar a desvalorização de seu principal ativo com a temporada apagada e ainda driblar a dificuldade para conseguir visibilidade no futebol europeu.

Apesar de ter jogadores formados no clube algumas das principais ligas europeias, Allan e Douglas Luiz na Inglaterra, Philippe Coutinho na Espanha e Paulinho na Alemanha, o presidente Jorge Salgado ainda vê o clube pouco notado.

— Precisamos ter um canal mais forte com os clubes da Europa, mostrar mais o Vasco para fora. Eles praticamente não nos conhecem, não olham para nós. Precisamos quase que criar uma diretoria comercial do futebol. Alguém conectado, mostrando nossos jogadores. O clube depende ainda da venda de jogador, todos eles, não é um caso isolado do Vasco — destacou o presidente em entrevista ao GLOBO no começo de fevereiro.

Na previsão orçamentária de 2020, o Vasco estimou a arrecadação de R$ 64 milhões, mas conseguiu apenas a metade, R$ 33 milhões. Já para 2021, o clube votou o orçamento com a entrada de R$ 82 milhões.

— Muitos jogadores, bons jogadores da base, por falta de oportunidade, se perdem. Temos de criar um mercado para eles. Se não for aproveitado, colocar em um time de segunda linha na Europa — acredita Salgado.

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