DE SAÍDA? ENTREVISTA DE GERMÁN CANO É ‘REVELADORA’

Germán Cano é desde o ano passado o mais popular dos jogadores do Vasco. Alcançou tal status com muitos gols, resoluções rápidas dentro da área e também devido a atitudes tomadas fora de campo. Vive, porém, seu maior jejum no clube: não marca há 10 jogos. E a seca, como não poderia ser diferente, foi abordada em coletiva na manhã desta sexta-feira.

– Já passei várias vezes na minha carreira. Levo isso como algo natural, sei que vai passar rapidamente. Estou trabalhando ainda mais para me fortalecer e criar mais oportunidades. Sei que no próximo jogo vai mudar. Acredito em tudo que se faz dentro do campo. Os resultados da minha carreira estão aí – garantiu o centroavante argentino logo na primeira pergunta.

– Faço as coisas da melhor maneira para que aconteça dentro do campo. Às vezes não acontecem, mas acredito no que eu posso fazer. Estamos num momento complicado, mas rapidamente vamos sair para dar vitórias ao time. Estamos trabalhando muito. Quando você está mal, você tem que trabalhar o dobro. Isso está acontecendo dentro do Vasco acrescentou.

Sobre o trabalho de Lisca, período no qual passou pela pior fase com a Cruz de Malta, o argentino afirmou não ter dado liga. E, em relação a Fernando Diniz, prometeu empenho para voltar a marcar.

– Não conectamos bem com o professor Lisca. Implantou uma ideia de jogo que muitas vezes dentro de campo não aconteceu da maneira que ele queria. Em outras vezes aconteceu, mas isso é algo que ocorre no futebol. O jogador está sempre predisposto para fazer o melhor em campo. Às vezes ela não acontecem.

– Espero dar o melhor com esse novo treinador, como sempre fiz desde que cheguei ao Vasco. Sei que estou há 10 jogos sem fazer gol, mas estou tranquilo. Confio nas minhas capacidades, estou trabalhando, sou profissional e sempre busco melhorar.

Cano, 33 anos, garante que não é por falta de trabalho e comprometimento que a bola não está entrando.

– Às vezes as coisas não acontecem dentro do campo. Acredito que aqui todo mundo está trabalhando para melhorar. Às vezes joga bem, às vezes joga mal, eu não faço gol… Mas o time está comprometido completamente. Estamos passando por uma tormenta que vai passar muito rápido, eu acredito nos jogadores e nas minhas capacidades – afirmou.

Com vínculo até o fim do ano com o Vasco, Cano foi perguntado sobre renovação, mas garantiu que prefere não pensar nisso no momento.

“Minha cabeça está 100% nesse momento, pensando no acesso do Vasco. Não estou pensando em outra coisa, no que vai acontecer no próximo ano. Não sei, sinceramente não sei. O que eu sei é que quero subir para a Primeira Divisão com o Vasco, é isso que passa na minha cabeça no momento”, disse.

– Quero subir com o Vasco, estou trabalhando muito. Nesse momento não estou bem, estou passando por um jejum. Penso em trabalhar e fazer o melhor dentro do campo, e que o Vasco esteja na Primeira Divisão. Aí sentaremos para falar com o Pássaro. Hoje estou 100% pensando no acesso e no próximo jogo – completou.

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Romulo disse que o Vasco não é candidato ao acesso no momento. O que pensa sobre?

– Não posso estar na cabeça de cada jogador, às vezes se interpreta mal as coisas que um fala. Também tem que saber entender a outra pessoa e não dizer coisas que não são. Acredito que todo mundo quer subir à Primeira Divisão no próximo ano. Estamos trabalhando, nos cobramos uns aos outros porque precisamos fazer gol, precisamos não tomar gols. Todo mundo está passando por um nível baixo. Não há outro caminho para ver o que pode acontecer em campo.

Diretoria tem dado suporte ao grupo ou está ausente?

– A diretoria está presente conosco em todo momento. Quando jogamos aqui e fora de casa. Esse acompanhamento é o que precisamos. Estar perto de todo mundo, sempre passando boas energias para nós. Salgado, Pássaro e toda a diretoria está comprometida conosco. Estão sempre nas viagens e resolvendo as coisas para que não nos falte nada no Vasco. Acredito que são trabalhadores ambiciosos de sempre querer mais.

– Nesse momento não estamos bem futebolisticamente. Fora de campo, as pessoas estão fazendo tudo para melhorar. Eu acredito muito neles porque vivo diariamente com eles e vejo tudo que está acontecendo aqui. Falo muito com Pássaro, falo muito com Salgado, e são pessoas que sempre querem o melhor para nós e para o Vasco.

Houve problema de relacionamento entre o elenco e Lisca?

– Não, neste momento os jogadores sempre deram o melhor para que as coisas acontecessem dentro de campo. Não funcionou. Fora do campo tinha uma boa relação. Eu e meus companheiros. Ele estava sempre motivando os jogadores, mas não aconteceu. Não tem outra forma de falar dele. Sabemos que é um técnico muito bom, já subiu time para a Série, e tudo de melhor para ele. Agora temos que olhar para frente e seguir o caminho de trabalho porque logo as coisas irão mudar.

Desejo de deixar um legado no Vasco

– Sempre pensei em sonhos bons quando cheguei no Vasco e pensando em deixar um legado como um exemplo de como sou como pessoa e profissional. Estou muito feliz de estar no Vasco. Algumas coisas que eu queria não aconteceram, mas tenho que seguir olhando para frente que tudo isso vai mudar.

Dificuldades com excessivas mudanças de treinadores

– Trabalho para fazer gols. Neste momento, isso não está acontecendo. Tivemos pouco tempo de trabalho com muitos treinadores, e isso dificulta também. Com o calendário, o treinador que chega tem dificuldade para executar as ideias. Acredito muito nos processos longos. É difícil que os jogadores se adaptem a ideias de diferentes treinadores.

Incomodado por estar saindo muito da área?

– Não me incomoda porque fiz muitos gols saindo da área. Mas sempre quero ficar dentro da área para ter as oportunidades de gol. Sou uma pessoa que me adapto rapidamente ao que o treinador pede porque ele está observando que posso fazer isso. Trato de fazer o melhor possível.

Fonte: ge

Entrevista coletiva com Germán Cano

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