Conheça histórias dos mascotes do Vasco

Conheça histórias dos mascotes do Vasco Sexta-feira, 05/01/2024 – 17:47 O mascote do Vasco é mais um capítulo da rica história do clube. Atualmente, o oficial é o Almirante, que simboliza o explorador português que batizou a equipe. Sua presença é constante em jogos do Cruzmaltino em São Januário, mas o personagem não é a única figura que representou o time ao longo da história.

Origem

Lorenzo Molas, chargista argentino radicado no Brasil, criou o Almirante para representar o Vasco e uma charge foi publicada no dia 30 de abril de 1944 pelo Jornal dos Sports. O personagem era caracterizado pelo longo bigode, barba, sobrepeso e não tinha cabelo.

Mascote do Vasco em São Januário — Foto: André Durão/ge

Molas também foi o responsável pela criação de outros mascotes cariocas. O argentino desenhou o Marinheiro Popeye, personagem icônico da animação norte-americana, com a camisa do Flamengo, além do Cartola, mascote do Fluminense, e de uma versão do Pato Donald com o uniforme do Botafogo. Todas as charges foram publicadas no Jornal dos Sports na década de 1940.

O Almirante rapidamente caiu nas graças da torcida vascaína, que o implementou como mascote do clube. O personagem era desenhado por Molas ao lado de uma típica caravela portuguesa. O jornal descrevia o mascote como um “verdadeiro lobo do mar, em sua caravela, sempre pronto a navegar e enfrentar todas as tormentas”.

Anos mais tarde, o Vasco adotou o Almirante como mascote oficial. Em 2012, o personagem foi remodelado e relançado no dia das crianças com traços mais infantis. As mudanças não agradaram a torcida e o Almirante foi redesenhado em 2018, com características mais próximas ao design inicial. Em 2019, durante uma partida do Vasco contra o Cruzeiro em São Januário, o atacante Rossi “roubou” a cabeça do Almirante na comemoração do gol da vitória vascaína por 1 a 0, então marcado pelo colombiano Guarín.

Rossi, do Vasco, rouba a cabeça do mascote Almirante em 2019 — Foto: Allan Carvalho/AGIF

‘Dom Corvo I’- mascote esquecido

Em 1947, o jornalista Álvaro do Nascimento Rodrigues idealizou um novo mascote para o Vasco. O personagem idealizado era um corvo, chamado “Dom Corvo I e Único”, e foi desenhado pelo cartunista Otelo Caçador, também para o Jornal dos Sports.

Às vésperas de um clássico contra o Botafogo, o pássaro foi colocado acima da bandeira vascaína em uma charge publicada no jornal. Embalado pelo novo mascote, o Vasco venceu o rival e seguiu rumo ao título carioca de 1947, de forma invicta. No ano seguinte, o cruzmaltino viria a ser campeão do Sul-Americano.

– A princípio, a criação do corvo como mascote pode ser vista apenas como uma aposta de Otelo, inspirado no texto que seu amigo vascaíno Álvaro do Nascimento escreveu meses antes, de modo a saber se tal ave daria sorte ou não aos vascaínos. Sempre que questionado pelo motivo de ter desenhado o corvo, Otelo dizia que a ave era sinal de sorte em Portugal. Entretanto, o surgimento do corvo foi uma ideia de Alvaro do Nascimento, que contou com a ajuda do chargista para popularizar a mascote. Viu-se surgir um símbolo e uma mística que movimentou o futebol carioca, especialmente, nos anos de 1947 e 1948 – diz o Vasco, em seu site oficial.

O corvo marcou um período vitorioso da história do Vasco. Contudo, o mascote foi perdendo força no fim da década de 1950 e o Almirante, mais consolidado, se manteve como o personagem mais representativo da história e das origens do clube.

Dom Corvo I representou o Vasco no fim da década de 1940 — Foto: Divulgação

Fonte: ge

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